O advogado de Paulo Pereira Cristóvão, esta quinta-feira presente ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, disse ser necessário «distinguir entre a realidade e ficção», garantido não ter conhecimento das acusações formuladas ao ex-vice-presidente do Sporting.

À entrada do TIC, ao qual chegou na companhia de Paulo Pereira Cristóvão, o causídico Rogério Alves disse que não tinha «expetativas», por desconhecer o processo, no qual o ex-dirigente, que não fez qualquer comentário, é acusado de denúncia caluniosa qualificada ao árbitro José Cardinali.

O advogado afirmou desconhecer os indícios de corrupção, peculato e participação económica em negócio, crimes referidos pela imprensa, e reservou uma posição para depois do interrogatório a Pedro Pereira Cristóvão, programado para a tarde de hoje.

«Vou agora saber de que consta o processo. O que temos de distinguir é a realidade da ficção, não nos deixarmos levar pelo que dizem os jornais. Conflito de interesses está na materialidade das coisas e não no que vem nos jornais», disse Rogério Alves.

Após o interrogatório, o juiz decretará a medida de coação a aplicar a Paulo Pereira Cristóvão, que pode ir desde o termo de identidade e residência à detenção.