O recurso a árbitros estrangeiros nos escalões profissionais, que se encontra referido no regulamento de Arbitragem da Liga de Clubes, foi hoje aprovado em Assembleia Geral extraordinária da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Com um resultado de com 47 votos a favor, 16 abstenções e 11 contra, o documento, que esclarece normas, condutas, direitos, deveres e critérios organizacionais, prevê no Artigo 9, ponto 3, a utilização de «árbitros e árbitros assistentes inscritos em federações estrangeiras [com a categoria equivalente aos portugueses] com as quais a FPF estabeleça contrato tendo por objeto o intercâmbio de serviços em condições de paridade».

Este artigo coloca "preto no branco" a proposta já defendida pela Liga no final do campeonato nacional, que terminou em Maio.

De fora da votação ficou o regulamento de disciplina da Liga já que o organismo que tutela o futebol profissional irá votar a 28 de junho um outro documento pelo que, na opinião do Conselho de Justiça da FPF, não fazia sentido ratificar uma proposta que dentro de dias ficaria «ultrapassada».

«Foi pedido ao presidente da Liga que retirasse a proposta. Ele não a retirou. Juridicamente terá as suas razões e acabou por ver votada a sua retirada. Ainda há tempo útil para o novo regulamento ser aprovado», garantiu Elísio Carneiro, vice-presidente da FPF.

Antes desta Assembleia Geral extraordinária, foi votado o orçamento da FPF para a temporada 2012/13, que prevê uma redução de sensivelmente oito milhões de euros, sendo que esta não afetará os escalões "amadores". Está ainda previsto um apoio de 150 mil euros para o futebol feminino.

Segundo Elísio Carneiro, apesar de a FPF não poder contar com um eventual prémio de apuramento para uma competição internacional, uma vez que não existe nenhuma grande competição internacional em 2012/13, as contas estão controladas devido a uma «racionalização entre as despesas e as receita».

«No próximo ano há três jogos do ciclo mundial e um encontro particular. Por isso não haverá prémios de acesso a uma grande competição internacional. Equilibrou-se o orçamento racionalizando-se condutas e despesas. Diminuímos o orçamento de 41 para 33 milhões. Não afeta o futebol não profissional. Aí não haverá cortes. Os torneios interassociações vão realizar-se. Vamos ainda atribuir 200 mil euros para o futebol de Praia e 150 mil euros para a promoção do futebol feminino», concluiu o responsável.

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