Num jogo que começou ainda com os últimos raios de sol a banhar o relvado, o Sporting mostrou que já deixou para trás o ritmo de verão e mostrou qualidade, garra e intensidade q.b. para construir uma atuação interessante e um triunfo convincente por 3-1.

Ricardo Sá Pinto apostou em três reforços para o onze – Boulahrouz, Rojo e Pranjic -, aos quais se somava ainda o regressado Cédric. Caras novas no leão, mas que denotaram uma integração rápida nos processos da equipa leonina. O convidado da noite não vinha, porém, para passear a Lisboa e entrou com personalidade em Alvalade.

O Sporting demorou um pouco a impor o seu domínio, devido ao espírito aguerrido da equipa francesa treinada por Christophe Galtier. No entanto, as iniciativas de Elias e Carrillo contagiaram os colegas de forma positiva e o Sporting assumiu o controlo do jogo. Sem problemas de maior a nível defensivo, a não ser alguns desacertos na coordenação entre os centrais e os laterais, os leões evidenciaram já um apreciável entendimento ofensivo. Transições rápidas, verticais e muito objetivas baralhavam e de que maneira a defesa francesa.

Aos 29’ André Martins falhou um golo ‘cantado’, mas os adeptos leoninos não tardaram a fazer a festa, pois Carrillo deixou a sua primeira marca no jogo logo aos 35 minutos. O peruano respondeu de cabeça ao cruzamento de Capel e inaugurou o marcador em Alvalade. Era a expressão inevitável do maior domínio do anfitrião.

Com o segundo tempo, o Sporting mudou a sua face, surgindo com o laranja do equipamento alternativo e várias alterações na equipa, onde se destacavam as entradas de Adrien e Gelson Fernandes. 

Se o Sporting mudou o seu rosto, não mudou o seu jogo. Dinâmicos e com uma boa organização tática, os leões mantiveram a sua hegemonia, apesar da réplica esforçada do Saint-Étienne. Assim, não foi surpresa o 2-0 do Sporting, que apareceu à passagem dos 58’, novamente por Carrillo, após assistência de Wolfswinkel. Logo de seguida o peruano saiu para a ovação da noite.

O Saint-Étienne já mostrava cada vez menos capacidade para responder e assim a formação de Ricardo Sá Pinto explorou cada vez mais os ataques rápidos. Foi assim que Capel fugiu aos 72’ e foi derrubado na área, depois de uma excelente jogada. Na conversão da grande penalidade, Wolfswinkel não falhou, embora os cânticos dos adeptos tenham sido dirigidos ao extremo espanhol, desolado por não poder marcar o penálti.

Com o 3-0 o Sporting relaxou um pouco e permitiu ao Saint-Étienne o seu “tento de honra”. Aos 75’, Sako rematou de forma colocada e enganou Marcelo Boeck, sentenciando o marcador em 3-1.

O jogo baixou então o seu ritmo e acabou com a festa leonina dos 30018 adeptos, já ansiosos para que cheguem os jogos “a sério” em Alvalade.