O técnico dos vila-condenses fez hoje, pela primeira vez, o balanço dos quase três meses que leva a orientar a formação nortenha, considerando que o grupo, apesar das muitas entradas, foi assimilando as suas ideias.

«Ao integrar 17 jogos novos e manter apenas 10 da época passada, esta é uma equipa em crescimento que precisa de tempo para desenvolver o seu conceito. Temos consciência que estamos preparados, motivados, até ansiosos pelo início do campeonato», disse.

O treinador do Rio Ave considerou que os jogos de preparação feitos na pré-época serviram para a equipa evoluir, e pelos adversários que defrontou, Nuno Espírito Santo acha que a sua equipa está num bom nível.

«Quando preparámos o plano de jogos foi com consciência que teria de ser um processo progressivo no nível de dificuldade dos adversários. Conseguimos que a equipa fosse superando adversidades antes de iniciar a competição», analisou o técnico.

Mesmo reconhecendo que ainda há espaço «para a equipa crescer», Nuno Espírito Santo, que esta época faz a sua estreia como treinador, disse sentir-se «a cada dia que passa mais preparado e o motivado para encarar deste desafio».

Apesar de o presidente do emblema da foz do Ave, António Silva Campos, ter colocado os primeiros oito lugares da Liga como um dos objetivos a atingir pela equipa, o treinador prefere uma abordagem mais cautelosa.

«O clube precisa de crescer como estrutura de I Divisão. Já o conseguiu nos últimos anos e esse é o maior desafio. A manutenção é a primeira meta e, depois, tentaremos mais qualquer coisa», analisou Nuno Espírito Santo.

Instando a comentar a influência que o empresário Jorge Mendes teve na construção da equipa, Nuno Espírito Santo, que é amigo pessoal do agente há mais de 20 anos, respondeu de forma incisiva.

«O envolvimento que o Jorge Mendes tem com o Rio Ave é anterior à minha vinda para o clube. A relação dele com alguns jogadores é igual à que outros agentes têm com outros jogadores. Neste plantel há atletas com diferentes agentes», afirmou.