Marítimo e Gil Vicente "anularam-se" hoje no Estádio dos Barreiros e terminaram empatados a zero o encontro da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Os insulares estiveram mais perto de conseguir o golo e o triunfo, tendo em conta o número de oportunidades conseguidas, mas revelaram-se perdulários.

O Gil Vicente, por sua vez, discutiu o jogo palmo a palmo, na primeira parte, mas na segunda defendeu mais, conseguindo o propósito de sair da Madeira com um ponto.

Provavelmente a pensar no jogo europeu de quinta-feira, na Geórgia, frente ao Dila Gori, o treinador do Marítimo, Pedro Martins, fez algumas poupanças, com as saídas de Rafael Miranda, David Simão, Sami e Adilson, que deram lugar a Rodrigo António, Danilo Dias, Gonçalo e Fidélis.

No Gil Vicente, o técnico Paulo Alves manteve intacta a equipa que defrontou e empatou com o FC Porto na jornada anterior.

Na primeira parte, os madeirenses passaram mais tempo no meio campo minhoto, mas os gilistas responderam sempre à altura, com o primeiro lance de verdadeiro perigo a acontecer aos 12 minutos, para o Marítimo, com o avançado Fidélis a cabecear ao lado, após um livre.

Aos 19 minutos, João Guilherme assistiu Heldon, que ficou isolado, mas o falhou na "cara" de Adriano, com a resposta a surgir dois minutos depois, por Luís Carlos, que, aos 21 minutos, rematou com muito perigo, mas Salin opôs-se com uma boa defesa.

Antes do intervalo, nova oportunidade para os insulares, com Heldon a cruzar na direita e Fidélis a rematar, proporcionando a Adriano uma boa defesa.

Com o jogo sempre vivo e as oportunidades de golo a surgirem em bom número, o "nulo" ao intervalo castigou a ineficácia, sobretudo dos avançados do Marítimo, sempre muito perdulários.

Na segunda parte, a postura das equipas foi algo diferente: o Marítimo intensificou o seu jogo na procura da vitória, enquanto o Gil Vicente passou a defender mais, explorando alguma ansiedade que se apoderou do adversário.

Nesse período, as oportunidades junto das balizas foram mais raras, pese o facto de os madeirenses estarem sempre mais próximos da baliza contrária.

Já com David Simão e Rafael Miranda em jogo e mais tarde também Sami, o Marítimo intensificou o seu jogo ofensivo, mas sem oportunidades de golo claras.

Contudo, a defesa gilista, serena e assertiva, obstou sempre a que o adversário conseguisse o seu propósito e isso revelou-se importante na conquista do ponto conquistado fora de casa.