O internacional português procura aos 29 anos demonstrar novamente o talento que lhe valeu a titularidade no Mundial 2010. 

Na Luz a viver na sombra

Eduardo teve uma passagem apagada por Portugal e pelo Benfica. Viveu meses complicados na sombra de Artur que acabaram por fazê-lo perder a titularidade na seleção.

Uma fase negra na sua carreira que ficou para trás. Do tempo que passou na Luz, Eduardo revela ao SAPO Desporto, que procura guardar o melhor e aquilo que o fez crescer, deixando para trás o que correu menos bem.

«Há mágoas que ficam para sempre. Mas aprendemos com os erros. Tive um ano em que perdi muito. O facto de não jogar, mas também a perda da titularidade na seleção, da qual me orgulhava muito, custaram-me bastante, até pelas circunstâncias. Contudo, saí mais forte», revelou Eduardo.

Dessa passagem pelos encarnados guarda amigos e elogios na hora da saída.

«Quando saí, houve pessoas que mostraram um carinho especial por mim: Rui Costa, o presidente Luís Filipe Vieira e António Carraça. Isso também demonstra que, mesmo não tendo jogado, as pessoas ficaram satisfeitas com a minha dedicação e entrega. Deixei amigos que me contactam semanalmente.»

 A Turquia devolve-lhe a alegria de jogar

Hoje a sua vida é na Turquia, no Istanbul BB, a convite de Carlos Carvalhal. O guarda-redes fala com confiança nesta sua nova aventura e nega que tenha dado um passo atrás na sua carreira.

«Encaro todos os desafios como um passo à frente e não atrás. Esta oportunidade foi-me dada por um treinador que teve um papel importante na minha carreira. Vim para um campeonato difícil e espero demonstrar, com grande vontade e motivação, o meu trabalho aqui.»

Passaram duas jornadas na Liga turca. Eduardo tem estado em bom plano e o Istanbul BB ainda não perdeu (empate com Besiktas e vitória sobre Bursaspor).

«Voltei a jogar com regularidade e sinto que há confiança em mim. Tivemos dois jogos complicados, mas conseguimos bons resultados. Da forma como as coisas estão a correr não podia estar mais feliz.»

Quis a ironia do destino que o primeiro e único golo que sofreu até agora por terras turcas tivesse sido marcado por Hugo Almeida.

«É verdade. Foi uma pequena traição num jogo que merecíamos ter ganho. Foi bom para ele e mau para mim, mas depois acabámos por empatar o jogo. Por um lado fiquei triste, mas por outro sei que ele merece toda a sorte do mundo porque é um bom companheiro.»

Em busca da titularidade perdida 

Agora que voltou a jogar com regularidade, Eduardo espera continuar a ter a atenção do selecionador português e, quem sabe, num futuro próximo regressar à titularidade, que tanto lhe custou ter perdido.