A SAD do Sporting apresentou um prejuízo de 45.947 milhões de euros (ME) no exercício de 2011/12, o que representa um agravamento de 4,4 por cento, por comparação aos 43.991 ME da época anterior, segundo o Relatório e Contas esta sexta-feira apresentado.

A informação prestada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) compreende o período entre 01 de julho de 2011 e 30 de junho de 2012, onde se destaca, ainda, o acréscimo dos custos operacionais em 27,5 por cento, «essencialmente motivado pelo aumento da rubrica ‘Custos com Pessoal’, como consequência de uma política de investimento na equipa principal de futebol».

No comunicado que acompanha o relatório, a Sporting Clube de Portugal – Futebol SAD, revela que, no que diz respeito à situação patrimonial, o ativo não corrente sofreu um acréscimo de 13.661 ME, devido ao aumento do valor do plantel.

«O valor económico destes jogadores é, de facto, substancialmente mais elevado, mesmo detendo parte dos passes, do que o valor encontrado, cumprindo assim o objetivo económico com a sua contratação», justificou o presidente da SAD do Sporting, Godinho Lopes, na mensagem que acompanha o relatório.

Ainda segundo o dirigente, o resultado negativo de cerca de 45 ME «já tinha sido previsto no final da época anterior, considerando as necessidades de investimento na equipa» e «a resistência assumida à venda de jogadores para maior sustentabilidade da equipa».

No capítulo patrimonial, também a dívida financeira se agravou em cerca de 20 ME, ao passo que o agravamento total do passivo (53.863 ME) inclui ainda o acréscimo de “Outros Credores não correntes”, correspondente aos valores negociados nas diversas parcerias de investimento em jogadores, e valores a pagar correspondente à negociação de passes.

No que diz respeito a proveitos operacionais, a SAD “leonina” dá conta de um acréscimo de 7,9 por cento ao nível das prestações de serviços, potenciado pelo aumento das receitas de bilheteira, bilhetes de época e direitos televisivos.

Por outro lado, a participação na Liga Europa e em competições particulares rendeu 6,9 ME, mais 72,7 por cento que na época anterior (4 ME).

Como consequência, os proveitos operacionais (excluindo proveitos com transação de passes de jogadores) registaram no exercício 2011/12 um acréscimo de 15,3 por cento, passando de 35.336 ME para 40.765 ME.

Na sua mensagem, Godinho Lopes assume que «o equilíbrio orçamental futuro vai resultar na diminuição dos fornecimentos e serviços externos, na eliminação dos encargos financeiros e no aumento de receitas resultantes, nomeadamente, do projeto de expansão».