Um golo de Wilson Eduardo e outro de Marinho permitiram hoje à Académica vencer o Marítimo por 2-0, no Estádio dos Barreiros, e subir à quarta posição, em encontro da quinta jornada da I Liga de futebol.

O triunfo dos "estudantes" premiou a eficácia e objetividade da equipa, antes de defrontar o Hapoel Telavive, para a Liga Europa, na quinta-feira, dia em que os insulares, que continuam sem vencer em casa, jogarão no reduto do Club Brugge.

Depois de ter sofrido a primeira derrota (3-1), na última jornada, frente ao Estoril-Praia, o treinador do Marítimo, Pedro Martins apostou praticamente no mesmo "onze" e tática (4x3x3), com exceção da troca do castigado Rúben Ferreira por Luís Olim.

Nos "estudantes", que haviam empatado os primeiros quatro jogos, registaram-se três alterações relativamente ao jogo com o Benfica (empate 2-2). Cissé e os autores dos golos foram as novas apostas de Pedro Emanuel, no regresso ao 4x3x3.

A equipa de Coimbra foi prática e objetiva, face ao futebol lento e previsível dos madeirenses, que mostraram algum cansaço físico, acusando também o desaire de há uma semana, no Estoril.

O Marítimo ainda deu o primeiro sinal de perigo, quando Fidélis surgiu em boa posição para bater Ricardo, mas o guarda-redes da Académica encarou o lance de frente, evitando o pior.

No entanto, aos 11 minutos, a "Briosa" colocou-se em vantagem: em lance de contra-ataque, pela direita, Wilson Eduardo aproveitou a passividade da defesa contrária para bater Salin.

O Marítimo respondeu, aos 18 minutos, novamente por Fidélis, num forte remate que Ricardo defendeu.
Contudo, a Académica continuava a exprimir melhor as suas intenções e Cissé, aos 27 minutos, falhou por pouco o golo, isolado, após um passe de Marinho.

O segundo tento viria a chegar aos 43 minutos, com Marinho, em velocidade, a deixar para trás três defesas do Marítimo e a bater sem problemas o desamparado Salin.

Para a segunda parte, o treinador do Marítimo apostou nas entradas de Adilson e Heldon, na tentativa de operar a reviravolta.

Os resultados dessa aposta ofensiva não surtiram o efeito desejado, até porque a Académica passou a fazer um jogo mais defensivo, com o claro intuito de prolongar o sofrimento e a ansiedade dos insulares.

Com o relógio a "jogar" contra, o Marítimo foi perdendo objetividade, enquanto o adversário, muito mais sereno, geria o jogo, oferecendo a iniciativa aos madeirenses e tentando surpreender em contra ataque.

À medida que o tempo passava, o jogo tornou-se enfadonho e pouco atrativo, merecendo destaque apenas um jogada aos 82 minutos, quando Heldon encontrou forças para chegar à linha e fazer o cruzamento para Fidélis falhar o remate.