Um golo de Rafael Silva permitiu este domingo ao Gil Vicente o primeiro triunfo da época fora de casa, impondo também o primeiro desaire ao Nacional no Estádio da Madeira, na sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol.

Os minhotos conseguiram vencer pela segunda vez consecutiva, deixando os madeirenses ainda sem vitórias em casa, após três encontros disputados na Choupana.

Este resultado deixou o Gil Vicente provisoriamente na quarta posição, com nove pontos, enquanto o Nacional manteve os mesmos cinco pontos e a 13.ª posição, à condição.

Depois da obtenção da primeiro triunfo, na última jornada, em Olhão (2-1), o objetivo do Nacional passava agora por quebrar o estigma da falta de vitórias em casa, algo que não conseguiu.

Moralizado pela conquista dos três pontos na receção ao Moreirense (4-3), na derradeira ronda, o Gil Vicente, partiu para o jogo com o claro intuito de somar a primeira vitória fora da casa.

Perante estes pressupostos, as equipas iniciaram o jogo ansiosas na procura das balizas. Mau grado, o futebol praticado na primeira parte não teve qualidade e ficou prejudicado pelas duas interrupções devido ao denso nevoeiro que se abateu sobre a Choupana.

No período inicial, foram poucos os lances de perigo, mas os madeirenses estiveram sempre mais perto do objetivo, com Mateus (13 minutos) e Manuel da Costa (45+2) a protagonizarem as jogadas de maior apuro para os gilistas, a primeira neutralizada por Adriano e a segunda a sair ao lado.

Do lado dos minhotos, de registar apenas um remate fraco de Luciano Amaral, aos 19 minutos, que Vladan recolheu sem grandes problemas.

Na segunda parte, o Nacional voltou a assumir o jogo, enquanto os minhotos, na expectativa, procuraram surpreender no contra ataque. Aos 50 minutos, Marçal cruzou na esquerda e Mateus cabeceou ao lado.

Contudo, numa descida rápida, o Gil Vicente colocou-se em vantagem, aos 53 minutos: Pio lançou Rafael Silva e o avançado, sozinho frente a Vladan, procurou o melhor lado, para bater o guarda-redes do Nacional.

Com a entrada de Keita, para o lugar do defesa Manuel da Costa, os insulares passaram a jogar com dois avançados, com Paulo Alves a responder lançando no jogo César Peixoto, no lugar de Rafael Silva.

À ténue reação dos madeirenses ao golo sofrido, o Gil Vicente respondeu com serenidade e, aos 65 minutos, Brito podia ter feito o segundo golo, não fora a intervenção atenta de Vladan com o pé direito.

Apesar do maior tempo de posse de bola e do domínio que exercia, o Nacional foi sempre pouco objetivo nas ações ofensivas.

Com o tempo a passar, o Gil Vicente passou a defender mais e a "guardar" o jogo, prolongando a agonia do adversário.

Ainda assim, aos 88 minutos, em lance de ataque rápido, Mateus ficou isolado, mas Adriano fez bem a mancha, evitando aquele que poderia ter sido o tento da igualdade.

Aos 89 minutos, André Cunha tentou o "chapéu" a Vladan, mas o guarda-redes do Nacional evitou o golo e o resultado não mais se alterou.