José Ribeiro e Castro, mandatário da lista de Rui Rangel às eleições à presidência do Benfica, espera que a campanha para as eleições decorra com «alma, intensidade e lisura» que caracterizam o clube da Luz.

«Espero que seja uma campanha à Benfica, com alma, intensidade, lisura, com objetividade e rigor e com a bola no chão. Espero que seja um grande momento de paixão benfiquista», frisou o mandatário, após a entrega da lista oficial do juiz Rui Rangel que vai concorrer com o atual presidente do clube “encarnado”, Luís Filipe Vieira.

Não querendo entrar em trocas de palavras, o também deputado, pelo CDS, preferiu ironizar quando questionado pelos jornalistas acerca dos membros da outra lista: «deixem-me fazer uma pequena ironia, Luís Filipe Vieira depois de atacar as pessoas, mete-as nas suas listas. Não degrademos o ambiente da campanha, não quero entrar por aí».

Quanto a debates, Ribeiro e Castro espera que a Benfica TV contribua para a campanha, avançando que a estação de televisão «é do clube e não está ao serviço do presidente», avançando que o seu candidato está disponível para um frente-a-frente com Luís Filipe Viera em qualquer que seja o canal de televisão.

«Espero também que os outros canais de televisão, públicos ou em sinal fechado, tenham o maior interesse em promover o debate no maior clube, embora reconheça que aconteça num momento difícil da vida nacional», frisou Ribeiro e Castro.

Para o mandatário de Rangel, sente-se «qualquer coisa no ar», referindo que houve um «sinal importante na Assembleia Geral do clube», com o chumbo das contas.

«Os benfiquistas é que sabem. É importante haver alternativa», sublinhou.

De acordo com Ribeiro e Castro, o trunfo de Rui Rangel é o «espírito benfiquista» de todos os que compõem a lista, «experientes gestores», pessoas com «passado no dirigismo» desportivo e «não um grupo de escuteiros ou pessoas da 25.ª hora».

Depois de ter feito parte dos órgãos sociais na presidência de Vale e Azevedo, onde ocupou o cargo de vice-presidente para a área jurídica, tendo sido o primeiro membro da equipa a afastar-se, Ribeiro e Castro lembra que o atual Benfica «é diferente» daquele em que esteve, mas que o que interessa no momento «é discutir o presente para o futuro» do clube.

«A história nunca acaba, tudo tem o seu tempo. Mas há coisas que são importantes conseguir», lembrou Ribeiro e Castro referindo-se à falta de jogadores portugueses no plantel.

O mandatário frisou ainda que se vivem «momentos financeiramente conturbados não só no país», sendo preciso «reorientar as contas», alertando que, por vezes, «é preciso outra equipa na direção para que tal aconteça».

«Às vezes os clubes precisam de um novo despertar. As contas do país infelizmente estão pior que as do Benfica, esperamos que não seja preciso uma troika», frisou o responsável, garantindo que a candidatura da qual é mandatário «tem um grande sentido de responsabilidade».

Ribeiro e Castro avança ainda que é necessário relançar o Benfica no associativismo desportivo, na Liga ou Federação, «não só no futebol, mas também nas outras modalidades».

João Salgado, secretario-geral do Benfica, recebeu das mãos de Jorge Barroso, candidato a vice-presidente da Assembleia Geral da lista de Rui Rangel, a lista para a formalização da candidatura do juiz, no camarote presidencial do Estádio da Luz.