O antigo candidato à presidência do Sporting Sérgio Abrantes Mendes considerou hoje que a atual direção deverá cumprir o mandato até ao final, embora reconheça que a atual crise representa o “desmoronar” do edifício.

«Temos que ter muito cuidado com a hipótese eleitoral, que a meu ver não resolverá nada em termos de estabilidade. O que era importante nesta altura é ter serenidade e bom senso, tomar as decisões que devem ser tomadas, preencher lugares e esperar pelo decurso do resto do mandato», referiu Abrantes Mendes, em declarações à agência Lusa.

O juiz desembargador, um dos candidatos nas eleições de 2011, ganhas por Godinho Lopes, considera que a estrutura, tal como foi pensada, desmoronou – com as saídas de elementos-chave (Pereira Cristóvão, Luís Duque e Carlos Freitas) -, mas que agora é preciso fazer opções corretas.

«Há aqui o desmoronar de um edifício que foi concebido, com o qual nunca concordei, mas que desmoronou todo. Há que pensar em termos imediatos, como o Marquês de Pombal no terramoto de 1755, enterrar os mortos e tratar dos feridos», disse Abrantes Mendes.

Na opinião do antigo candidato, um dos aspetos importantes seria o de emagrecer desde já a estrutura e que a SAD deveria contar apenas com um diretor desportivo, o qual faria a ligação entre direção e equipa técnica.

«Tem que haver uma definição do que se pretende para uma estrutura do departamento de futebol. Não sou um apologista das SAD, sempre defendi que a SAD devida ser unicamente composta por um diretor desportivo que fazia a ligação ao treinador e aos elementos da direção. Não engrossaria, não a tornava cheia de gente», explicou.

O nome de José Couceiro seria, na opinião de Sérgio Abrantes Mendes, uma aposta válida, tanto mais que este fazia parte das suas escolhas, para diretor desportivo, quando concorreu à presidência do clube.

«Era o meu homem para diretor desportivo o futebol. Se for feito isso, sou coerente, é uma boa escolha. Mas não precisaria de mais ninguém da SAD, bastaria ter um vice-presidente para fazer a ligação entre o diretor desportivo e o presidente, e naturalmente com o treinador. Havia gente a mais na SAD», referiu.

Com Oceano ainda como treinador interino, após a saída de Sá Pinto, o antigo candidato não defende uma acumulação de funções por parte de José Couceiro e lembra que o clube deveria ter investido num técnico com provas dadas, já que “gastou tanto dinheiro em jogadores”.

«Sempre defendi um treinador estrangeiro, os portugueses têm sempre o problema, como conhecem muito bem o futebol português, de não estarem completamente livres ou libertos em termos de pensamento ou consciência para tomarem as decisões que são necessárias», justificou Abrantes Mendes.

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