O antigo futebolista Paulo Futre afirmou hoje que o Sporting enfrenta um «pesadelo» por viver uma «situação horrível quando falta muito para acabar a temporada».

«Vejo uma situação má porque depende dos resultados, que estão péssimos, e não estamos em março ou abril. É horrível porque estamos em outubro, falta muito tempo para acabar a época. É um autêntico pesadelo. Já saiu o treinador, já saíram os homens fortes do futebol e estamos a oito pontos do Benfica e do FC Porto e a seis do Sporting de Braga no campeonato, e ser campeão é quase impossível», disse Futre, em declarações à agência Lusa.

Além das competições internas, o ex-futebolista, que fazia parte da lista de Dias Ferreira nas últimas eleições para a presidência do Sporting, adverte para os riscos na Liga Europa, na qual o clube ocupa o último lugar no Grupo G.

«Na Liga Europa, se tivermos uma falha a situação ainda fica pior», frisou, realçando que a situação também é difícil para os jogadores, que «têm de tentar ganhar, dar honra, orgulho, imagem, credibilidade e prestigio até ao final do campeonato».

Na segunda-feira, o Sporting anunciou a saída do administrador da SAD leonina Luís Duque e do diretor-geral Carlos Freitas, depois de já ter substituído interinamente o treinador Ricardo Sá Pinto.

O antigo “capitão” do Atlético de Madrid enalteceu a «coragem» de Oceano Cruz ao assumir a liderança da equipa técnica leonina, advertindo que «teve azar e perdeu, mas não tem nada a ver com isto».

«O Godinho Lopes vai ter uma pressão enorme, porque falta praticamente toda a época. Vai ser um autêntico pesadelo para ele e para todo o clube. Eu, como sportinguista, digo que é preciso ter calma», referiu Futre, admitindo que o antigo candidato Bruno Carvalho deve sentir-se «frustrado» por «ver o Sporting onde está».

O ex-futebolista alertou ainda para a «pressão» que pende sobre o plantel, que «deve estar derrotado psicologicamente».

«Não é fácil, quando não há bons resultados é quando começam a surgir problemas no balneário e é preciso que haja uma pessoa ali que consiga parar isto agora, que não vai ser fácil», reconheceu.

Futre recordou a sua segunda época como “capitão” do Atlético de Madrid, em 1988/89, quando após ter sido eliminado pelo Groningen, em setembro, chegou a ocupar o último lugar da Liga espanhola.

«Na altura, o Gil y Gil até o médico despediu. E só conseguimos levantar quando veio um treinador inglês, o Ronald Atkinson, e ainda ficámos em quarto lugar. Conseguimos recuperar a imagem do clube, o prestígio, mas foi tremendo, um autêntico caos», revelou.

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