A SAD do Benfica concluiu o exercício de 2011/12 com um prejuízo de 11,7 milhões de euros (ME), segundo o relatório e contas divulgado pela sociedade gestora do futebol profissional "encarnado", que apresenta capitais próprios negativos de 14,1 ME.

Numa época que ainda não contabiliza as vendas dos passes de Witsel (40 ME) ao Zenit e de Javi Garcia (20 ME) ao Manchester City, o Benfica viu inverter-se a tendência de diminuição de prejuízo registada nos dois exercícios anteriores.

«O exercício de 2011/2012, cujos resultados são agora apresentados, poderiam ser muito diferentes, bastaria para tal ter aceitado a proposta de renovação dos nossos direitos televisivos», diz o presidente da SAD, Luís Filipe Vieira, na mensagem introdutória do relatório e contas.

O passivo consolidado a 30 de junho de 2012 cifrava-se em 426 ME, o que representa um acréscimo de 12,2 por cento face ao exercício anterior, o que a SAD justifica com os empréstimos obtidos e os saldos a pagar a fornecedores.

Em contraponto, a sociedade benfiquista apresentava no encerramento da época um ativo de 411 ME, avaliando em 92 ME o plantel profissional, do qual 20 dos seus elementos tinham parte dos seus direitos económicos inscritos no fundo Benfica Stars Fund, no valor de 32 ME.

Durante a temporada passada, o Benfica teve 48 ME de custos com o pessoal, um aumento de quase seis ME em relação a 2010/11. A maior fatia vai para os 68 atletas, num universo de 175 funcionários, enquanto os únicos administradores remunerados da SAD, Rui Costa e Domingos Soares Oliveira, receberam perto de 550.000 euros.

No seu relatório, a Benfica, SAD destaca o "saldo" de 28,5 ME em transferência de jogadores, para o qual contribuíram as vendas dos passes de Fábio Coentrão ao Real Madrid, por 30 ME, e de Roberto ao Saragoça, por oito ME.

No capítulo das receitas, destacam-se as provenientes de prémios de participação na Liga dos Campeões (22 ME), bilheteira (9,4 ME) e publicidade de patrocínios (17 ME).