O treinador do Sporting, Francky Vercauteren, afirmou hoje que não vai fazer nenhuma revolução na equipa para o jogo com o Vitória de Setúbal, no domingo, na oitava jornada da I Liga de futebol.

«Uma revolução poria em causa a qualidade do trabalho dos treinadores que me precederam. Diria que iremos manter 80 a 90 por cento, há pouco a mudar.

Vamos mudar jogo a jogo e pouco a pouco, em função da forma dos jogadores», disse em conferência de imprensa.

O treinador belga, que se vai estrear no comando técnico da equipa, lembrou que existe um trabalho já feito no grupo e que vai, depois, introduzir algumas mudanças com o tempo.

«Vamos introduzir algumas mudanças. Algumas podem ser já amanhã, outras no jogo com o Braga e outras no jogo com o Genk, mas não é uma revolução, será uma mudança gradual de jogo para jogo», defendeu.

Sobre a influência que a sua entrada vai ter no grupo de trabalho, o treinador explicou que a equipa terá que «tentar fazer melhor em pouco tempo», apesar de lembrar que existem aspetos que vão ser mais rápidos de melhorar e outros mais demorados.

Vercauteren disse que encontrou a equipa bem, mas defendeu que o grupo precisa de um empurrão que só pode ser dado pelas vitórias.

«Naturalmente precisa de um empurrãozinho e só ganhando o conseguimos. Os jogadores estão confiantes, não devem pensar muito no passado e devem reter o que de bom foi feito. Encontrei uma equipa aberta, motivada e disposta a trabalhar», defendeu.

O técnico explicou depois que o esquema tático a apresentar não é importante, referindo que o que conta é a movimentação dos jogadores no relvado e o facto de a equipa saber o que tem de fazer para ganhar.

«O caminho é que é importante, ganhar é a recompensa de um caminho bem percorrido. Queremos ganhar, mas o importante para mim e para os jogadores é fazer o que é necessário em campo para ganhar e não pensar apenas no resultado final. Se fizerem bem o caminho, o resultado vai aparecer, a não ser que a outra equipa faça ainda melhor do que nós», afirmou.

Vercauteren quer ver a equipa do Sporting a funcionar como um bloco, em que defender começa à frente e atacar começa a atrás, afirmando que pretende puxar pelo potencial dos jogadores e melhorar o rendimento de cada um, apesar de ser normal que «nem todos estejam ao mesmo nível».

O novo treinador dos leões, que referiu que já teve acesso a informações, vídeos e relatórios sobre o Vitória de Setúbal, elogiou o potencial dos jovens que estão na equipa B do Sporting, mas lembrou que é preciso ter cuidado.

«O facto de os jogadores da equipa B poderem entrar na equipa A a qualquer momento é uma concorrência acrescida, mas não devemos correr antes de saber andar. Não basta serem melhores, têm de ser capazes de continuar a ser melhores. Temos que proteger os jovens e não os atirar para situações de que nos podemos arrepender», explicou.

A terminar, o técnico disse que ainda não tomou a decisão de quem vai escolher para seu adjunto no Sporting, referindo que a decisão só vai ser tomada depois do jogo com o Vitória de Setúbal.

«Existem três ou quatro nomes em cima da mesa e será algo para decidir depois do próximo jogo, que é o que nos preocupa. A pessoa que virá trabalhar comigo será decidida em função de um perfil determinado e dentro das qualidades já existentes no Sporting. Sei que falaram do Demol, mas nada está decidido, pois a prioridade é o próximo jogo», concluiu.

O jogo entre o Sporting e o Vitória de Setúbal, respetivamente 10.º e 11.º classificados, ambos com sete pontos, está agendado para as 20:15 de domingo, no Estádio do Bonfim, em Setúbal.