O secretário de Estado do Desporto e Juventude admitiu, esta quinta-feira, analisar as preocupações da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) em relação ao projeto de portaria sobre as competições profissionais, mas sublinhou que o organismo foi o único a opor-se.
«A Liga naturalmente tem as suas reivindicações próprias, deixou-as por escrito e agora compete ao Governo analisar e ponderar essas reivindicações, sendo que procurei ao máximo auscultar todos os conselheiros para perceber se eram exclusivas da Liga e confirma-se: são exclusivas da Liga», disse Alexandre Mestre à agência Lusa, no Porto.
O secretário de Estado falava depois de a Liga ter manifestado «profunda apreensão e frontal desacordo» em relação ao projeto de portaria aprovado pelo Conselho Nacional do Desporto (CND), em carta enviada ao governante pelo presidente do organismo, Mário Figueiredo.
Questionado sobre se admitiria alguma alteração à proposta do CND, Alexandre Mestre disse que «nos termos da lei» lhe compete «assinar essa mesma portaria e a seu tempo se saberá se ela corresponde na totalidade ou não aquilo que foi aprovado no Conselho Nacional do Desporto».
«Devo dizer que o Conselho Nacional do Desporto é muito transversal, muito heterogéneo, está lá a sociedade civil do desporto em geral. Pessoas com muita experiência, algumas delas que já foram presidentes de ligas. Gosto de ouvir sempre todos e ponderar todos os argumentos mas decidir implica sempre tomar opções, opção que será conhecida quando a portaria for publicada», sublinhou.
Relativamente à data de publicação da portaria, o secretário de Estado disse apenas que seria «para breve».
Na opinião de Alexandre Mestre este «projeto de portaria já devia ter surgido há muito tempo».
«Foi objeto de um grupo de trabalho criado no âmbito do próprio Conselho Nacional de Desporto, onde a Liga Portuguesa de Futebol Profissional também fez parte. Foi aprovada a proposta de portaria por unanimidade por todos os presentes, incluindo a Liga, não obstante a Liga ter colocado reserva a dois pontos em concreto do projeto de portaria», explicou.
Segundo o governante, foi depois submetido «ao plenário do Conselho Nacional do Desporto e no plenário todos os conselheiros, com exceção do senhor presidente da Liga, manifestaram-se a favor do projeto».
Na carta enviada ao secretário de Estado do Desporto e Juventude, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Mário Figueiredo realça que os parâmetros definidos no projeto de portaria «abrem caminho à estratégia, que, apesar de dissimulada, está detetada, de retirar a natureza profissional ao campeonato da II Liga, com a consequente passagem dessa competição à alçada da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)».

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