O Conselho Leonino, órgão consultivo do Sporting, liderado por Eduardo Barroso, considerou esta quinta-feira que a direção de Godinho Lopes deve manter o mandato até ao fim, apoiando também a estratégia económica e financeira da atual direção.

Após uma reunião que durou cerca de cinco horas, Eduardo Barroso, que também preside à Mesa da Assembleia-Geral do Sporting, confirmou que alguns conselheiros equacionaram o cenário de eleições antecipadas, mas que essa hipótese acabou por ser afastada.

«Embora existissem opiniões divergentes, por grande maioria, os conselheiros resolveram apoiar, mesmo neste momento difícil, com os maus resultados desportivos, a estratégia económica e financeira desta direção, acreditando que os resultados vão melhorar a curto prazo», disse o responsável.

Na terceira reunião da temporada, o órgão, que contou com a presença de 40 dos cerca de 60 conselheiros, entre os quais se destacam Carlos Monjardino, Vasco Lourenço, Dias Ferreira, Sousa Cintra, Zeferino Boal, mostrou forte preocupação com o panorama financeiro do clube.

«Muitos dos conselheiros estão preocupados com a situação económica e financeira do clube, e foi precisamente este aspeto que fez com que houvesse maior consenso, embora existissem algumas divergências. As eleições antecipadas podem ser provocadas por uma assembleia eleitoral, com mil votos, e que paguem as despesas dessa assembleia. Tenho a obrigação de fazer cumprir os estatutos», lembrou.

No final, Eduardo Barroso manifestou a vontade de voltar a ser «um sócio normal, que se dedica com os filhos a ver os jogos na bancada», sustentando que, «nem que Cristo desça à terra», voltará a ter um cargo no Sporting.