O futebolista Rúben Amorim considerou hoje que a contestação dos adeptos é «normal» e frisou que o Sporting de Braga quer vencer a Académica para não deixar fugir FC Porto e Benfica na liderança da I Liga.

Os minhotos perderam na quarta-feira, em casa, com o Galatasaray (2-1), para a Liga dos Campeões, com os adeptos "arsenalistas" a mostrarem, no final, o seu desagrado, agitando lenços brancos, direcionados, sobretudo, ao treinador José Peseiro.

O internacional português desvalorizou a situação, considerando-a «normal em Portugal».

«O importante é o grupo estar unido e estar com o treinador. E está», assegurou.

Poucos dias antes do novo desaire na "Champions" (cinco derrotas e apenas um triunfo), o Braga qualificou-se para os quartos de final da Taça de Portugal, ao bater em casa o FC Porto (2-1), o que "foi um bom tónico" para a equipa, considerou o médio.

«É uma competição que queremos vencer, tivemos depois um mau resultado, mas já estávamos fora das competições europeias, portanto ainda teve outro significado mantermo-nos na Taça», afirmou.

Na segunda-feira, na 11.ª jornada da I Liga, os bracarenses viajam até Coimbra e Rúben Amorim só pensa em trazer os três pontos para consolidar o terceiro lugar e não deixar fugir o duo que lidera o campeonato com mais nove pontos.

«Queremos vencer a Académica, estamos em terceiro lugar e a fazer uma boa campanha, mas não queremos ficar mais longe da liderança e tentar mais alguma coisa na frente», disse.

O empréstimo do Benfica termina no final da presente época, mas o jogador diz «não fazer ideia» de qual será o seu futuro.

Na época passada, Rúben Amorim admitiu que enquanto Jorge Jesus for o treinador dos "encarnados" não voltará ao Benfica, mas hoje não quis abordar o assunto:

«Só penso no jogo com a Académica, não faço planos, penso é continuar a jogar, a sentir-me bem e a não ter lesões, o resto não é importante.»
Rúben Amorim, que falava à margem de mais uma visita de uma delegação do clube à escola EB1 de S. Lázaro, na qual também marcaram presença os jogadores Haas, Michel e André Pires (equipa B), lamentou ainda a saída precoce da Liga dos Campeões.

«Ficámos aquém das nossas expectativas, não digo que por inexperiência, mas também por falta de sorte. Tivemos em vantagem em três jogos e não conseguimos segurar os resultados e isso paga-se caro», frisou.

Instado sobre a prestação das equipas portuguesas nas competições europeias, respondeu:

«Comparando com outros grandes clubes de outros campeonatos, que têm situações financeiras muito mais vantajosas, acho que Portugal faz milagres.»

«O Manchester City, por exemplo, tem o dinheiro e os jogadores que tem e nem à Liga Europa vai. Os clubes portugueses dignificam muito e bem Portugal», defendeu.