O treinador do Sporting rejeitou hoje apontar um favorito para o dérbi com o Benfica, da 11.ª jornada da Liga de futebol, e que os “leões” pudessem entrar inferiorizados devido à classificação atual.
«O jogo começa zero a zero e temos as mesmas possibilidades. Não é por estarem na frente na tabela que vamos entrar derrotados no relvado. Tudo é possível e penso que estamos ao mesmo nível, amanhã vamos ver quem é o melhor», disse o belga Franky Vercauteren, em conferência de imprensa.
O técnico explicou que a única maneira de conseguir superiorizar-se ao Benfica e atingir a vitória é a equipa “verde e branca” apresentar qualidade no relvado do Estádio José Alvalade.
«Num dia e num jogo temos de ser melhor do que eles. A sorte pode ajudar, mas sem qualidade não se consegue um bom resultado», defendeu.
Vercauteren sublinhou que o empate frente ao rival lisboeta não é um resultado positivo, pelo menos como objetivo inicial.
«Se somos jogadores e técnicos do Sporting jogamos para ganhar e só ficamos satisfeitos com o triunfo. No fim, posso ficar satisfeito com o empate, se não merecer mais ou se as equipas estiveram ao mesmo nível. Se perdermos porque o adversário foi melhor temos de aceitar, mas não ficar satisfeitos», referiu.
O belga assegurou que conhece a importância de um jogo com os “encarnados” e que «em todo o lado se fala do jogo», mas referiu que se a equipa quer conseguir algo «não pode apenas pensar no Benfica», mas sim em todos os jogos.
O técnico elogiou o adversário e a exibição contra o FC Barcelona, mas garantiu que está focado no desempenho da sua equipa, explicando que o dérbi é especial por ser o seu primeiro e que é um jogo em que todos gostam de estar, pois caso contrário, «têm de escolher outra profissão».
O treinador, que não confirmou a presença de Ricardo Esgaio no “onze” titular, assegurou que a equipa está em condições físicas para o jogo de segunda-feira, recusando usar os dias a menos de descanso como um desculpa.
«Não existe nenhum problema físico e, pelo que vi hoje no treino, a equipa está preparada. Eu e os jogadores não queremos encontrar desculpas, somos profissionais e temos de ser capazes de jogar com poucos dias de diferença sem nenhuma reclamação», frisou.
Sobre a importância da partida a nível pessoal, o técnico explicou que não pensa apenas em si e no seu futuro, mas na sua equipa.
«A nível pessoal não é importante, o que importa é o clube e a equipa. Se me ponho a mim no topo e se gasto energia a pensar em mim próprio não é bom, porque é isso que também não quero dos jogadores», referiu.
Em relação à contestação dos adeptos, o técnico admitiu perceber o que sentem, mas que é preciso que estejam todos a remar para o mesmo lado, garantindo que «a equipa vai dar tudo para vencer».