A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) para o futebol do Vitória de Guimarães vai nascer com um capital social de um milhão de euros, mas no mercado está ainda cerca de meio milhão em ações por comprar.
O vice-presidente para a área financeira do Vitória de Guimarães, Francisco Príncipe, considerou hoje à agência Lusa que a operação está a decorrer dentro da normalidade e desejou que mais pequenos subscritores adquiram ações da futura SAD.
«Num concelho fortemente industrializado como Guimarães, onde há tantas fábricas a fechar e tanto desemprego, não podemos exigir às pessoas que tirem [dinheiro] da mesa para alimentarem os filhos para subscreverem ações», começou por dizer.
Apesar disso, notou, já foram vendidas ações que ultrapassam os «100 mil euros», número que considerou positivo, dado o contexto exposto.
Considerando que 40 por cento do capital social vai ser detido pelo clube (400 mil euros), juntando estes cerca de 100 mil euros, resulta que estão ainda no mercado cerca de meio milhão de euros em ações.
Se estas não forem subscritas por sócios e adeptos do Vitória de Guimarães, terão que ser investidores a fazê-lo, explicou o dirigente, mostrando-se confiante nos «contactos» que o presidente, Júlio Mendes, tem feito nesse sentido.
Contudo, o dirigente lembrou que «quantos mais sócios comprarem ações, mais forte será a sua voz e a dos pequenos subscritores dentro da futura SAD».
Na primeira fase, 355 associados subscreveram ações.
Hoje termina a segunda fase, aberta igualmente a não sócios, e até dia 21 do corrente mês decorrerá o período de realização do capital subscrito, pelo que só dentro de oito dias poderá ser feito um balanço final da operação, explicou.
A SAD do Vitória de Guimarães vai nascer com um capital social de um milhão de euros, 40 por cento (400 mil euros) detido pelo clube. Os restantes 60 por cento (600 mil euros) estão destinados a sócios e não sócios e, depois, a outros investidores, sendo que o os responsáveis do clube «já sabiam que teriam que recorrer» a eles.