Em comunicado divulgado no sítio do clube na internet, a direção do emblema algarvio afirma ter reagido «com estupefação» à decisão dos membros daquele órgão, desvalorizando a justificação que esteve na sua base, devido a alterações aprovadas, na última assembleia geral, ao parecer sobre o exercício da época 2011/2012.

«A direção entendeu, na sua modesta opinião, que o relatório continha matéria fora do contexto da época em questão e apresentou uma proposta para que não se alterasse a substância do parecer mas que se expurgasse a matéria fora do contexto», assinala o órgão dirigido por Isidoro Sousa.

O líder do Conselho Fiscal, Eduardo Cruz, salientou segunda-feira à agência Lusa que se trata de uma deliberação «nula e de nenhum feito» e «uma violação grosseira das leis aplicáveis e dos estatutos do clube», uma vez que o parecer «só pode ser objeto de aprovação ou reprovação e em nenhuma circunstância pode ser alterado, amputado, reduzido ou acrescentado pela direção ou pela assembleia geral».

A direção do Olhanense, recordando que Eduardo Cruz «votou favoravelmente» as contas apresentadas, ressalva em comunicado que o parecer do Conselho Fiscal «não é vinculativo e, por consequência, é perfeitamente acessório, servindo apenas como documento de aconselhamento à direção».

O órgão liderado por Isidoro Sousa respondeu ainda às críticas sobre a gestão do clube, acusando Eduardo Cruz de ter sido «o principal causador» do desequilíbrio financeiro do clube, enquanto coordenador do processo de requalificação do Estádio José Arcanjo.

«O Olhanense deve a sua debilidade financeira à derrapagem das obras do Estádio José Arcanjo, que inicialmente foram orçamentadas 1,2 milhões de euros pela comissão de obras liderada e coordenada pelo sr. Eduardo Cruz e que terminaram com um custo real de 2,5 milhões de euros», salienta a direção.

Sustentando que Eduardo Cruz «até à data em nada contribuiu para amenizar tal prejuízo», a direção do clube algarvio salienta que foram os seus elementos «que avalizaram pessoalmente títulos de crédito junto da banca para suprir os prejuízos originados pela derrapagem das obras no estádio».