Muito se disse e escreveu antes do Clássico sobre o momento de forma de Benfica e FC Porto. Dois dias antes do jogo, Vítor Pereira lembrou que o Benfica costuma estar bem, mas que depois os dragões chegam à Luz e acabam por vencer. Ontem não foi assim, pois tudo acabou empatado, mas o FC Porto esteve coletivamente mais sólido no jogo.

O trio Lucho-Moutinho-Fernando atuou ligeiramente mais subido no terreno e o posicionamento de Defour e Varela em pressão contínua aos laterais encarnados condicionou bastante a primeira zona de construção de jogo do Benfica.

Vítor Pereira inviabilizou assim o ritmo avassalador que o Benfica costuma imprimir sobre os seus adversários, mas falhou apenas na dinâmica ofensiva. A ausência de James Rodriguez notou-se pela falta de capacidade dos dragões em criar desequilíbrios no ataque e nem a estreia de Izmaylov conseguiu mudar a história da partida.

O treinador do FC Porto ganha assim “pela margem mínima” o clássico com o seu homólogo do Benfica, Jorge Jesus. O técnico dos encarnados viu a sua equipa não ser bem sucedida na tentativa de dominar o adversário e contou com algumas unidades em plano negativo para a sua estratégia, nomeadamente Enzo Pérez e os laterais Maxi Pereira e Melgarejo.

Este trio foi incapaz de dinamizar o futebol do Benfica e ressentiu-se da pressão e das movimentações constantes dos jogadores portistas. Porém, Jorge Jesus conseguiu atenuar as diferenças no segundo tempo com as alterações efetuadas. As entradas de Carlos Martins e Aimar trouxeram maior ímpeto ao meio-campo, o que conjugado com a crescente fadiga entre os dragões originou um duelo mais equilibrado.

Ao ritmo louco do arranque do jogo sucedeu então um desafio mais calculista dos dois treinadores. Mas não faltou a emoção num grande clássico entre Benfica e FC Porto.