Com 53,8 por cento de forasteiros, a I Liga portuguesa de futebol é a terceira da Europa com maior percentagem de jogadores estrangeiros, apesar de um ligeiro decréscimo em relação às duas épocas transatas.

Segundo o Estudo Demográfico, documento elaborado anualmente pelo "Observatório do Futebol" (CIES Football Observatory), a que a agência Lusa teve acesso, dos 390 jogadores que atuam nas 16 formações da I Liga, 210 são estrangeiros.

Este número diminuiu ligeiramente em relação às duas temporadas anteriores: em 2010, a principal competição do futebol nacional era composta 56,2 por cento de atletas estrangeiros, enquanto em 2011 baixou para os 55,4, num total de 408 futebolistas.

Os números, que dizem respeito ao início da presente época, colocam Portugal na terceira posição do "ranking" e acima da média europeia (36,1 por cento), sendo apenas superado pelo Chipre, com 74,2 por cento de estrangeiros, e pela Inglaterra, com 55,1.

De resto, a liga cipriota manteve-se na liderança, tendo aumentado a percentagem de atletas estrangeiros, que, em 2011, se situava nos 70,3 por cento, ao passo que a liga inglesa ultrapassou Portugal, que ocupava o segundo lugar no início de 2011/12.

Ainda assim, apesar da redução registada em termos percentuais, Portugal supera, por exemplo, as ligas italiana (52,2), alemã (46), espanhola (35,3) e francesa (27,4).

Os clubes nacionais continuam a manter a preferência por futebolistas brasileiros, com 115 a atuarem na I Liga, o que corresponde a 29,5 por cento do total de jogadores, embora, também neste particular, também se tenha verificado um decréscimo em comparação com os dois anos anteriores, quando existiam 141 (2010) e 130 (2011) "canarinhos".

Este registo corresponde a 22,3 por cento do total de futebolistas brasileiros (515) espalhados pelas 31 primeiras divisões europeias incluídas neste estudo, reforçando o Brasil como principal fornecedor de atletas para o mercado europeu, pelo quarto ano consecutivo.

Só no início da atual temporada foram recrutados pelos clubes portugueses 49 atletas oriundos do "gigante" sul-americano, que superaram os 15 provenientes de Espanha e os 10 vindos da Roménia.