O vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, Daniel Sampaio, acredita que os incidentes hoje ocorridos na sessão de esclarecimento aos sócios foram premeditados, mas garante que não o vão «fazer recuar».
«A reunião começou a ser interrompida e perturbada por indivíduos não identificados, cerca de dez, que não sabemos se são sócios do Sporting, que começaram a dizer impropérios e que, a certa altura, atiraram com ovos, que não nos acertaram. Só ficámos com os fatos sujos», explicou Daniel Sampaio, para quem estes incidentes foram, «provavelmente, premeditados», tendo em conta que os indivíduos em causa «traziam ovos» para a reunião.
Daniel Sampaio lamentou, no final da sessão de esclarecimento, o ocorrido, que não se coaduna com os valores do Sporting, mas assegurou que não vai recuar na decisão de dar a palavra aos sócios por causa de uma franja mínima de associados.
Segundo o presidente da MAG, esses indivíduos foram «identificados e expulsos das instalações pelos serviços de segurança» do Sporting e por um «representante do comando operacional da PSP», que estava presente «na condição de associado do clube», e que tinha sido «alertado» para a possibilidade de ocorrência de incidentes, e serão, posteriormente, «alvo de declarações e impedidos de participar na AG extraordinária, de 09 de fevereiro».
Em face destes acontecimentos, Daniel Sampaio promete reforçar as condições de segurança em torno da AG, estando em contacto com a PSP, que está articulada com os serviços de segurança do Sporting, para que tudo corra pelo melhor.
«Este episódio prova que há pessoas dentro do Sporting, ou com acesso às suas instalações, que querem impedir que os sócios sejam ouvidos», referiu Daniel Sampaio, aludindo a «forças internas» que querem calar a voz dos sócios.
Quando confrontado com o comunicado do Conselho Diretivo a lamentar o sucedido, Daniel Sampaio contrapôs que teria sido «cortês da parte da Direção» tê-lo feito, também «através de num telefonema pessoal».
De resto, o presidente da MAG esclareceu que mantém «a via aberta de diálogo» com o CD: «Não estamos contra a Direção. Repito que esta AG não foi convocada pela Mesa, foi convocada pela Mesa após requerimento dos sócios, que é um direito que lhes assiste e pelo qual pugnámos».