O presidente do Sporting afirmou, esta sexta-feira, ser «lamentável que, no momento difícil e de confusão, o Sporting tenha estas sistemáticas perturbações na vida corrente da instituição são de enorme gravidade». 
«Alertámos a Mesa, há meses, que desde o primeiro dia em que aqui cheguei não havia dinheiro e temos resolvido os problemas no fim de cada mês. Mas é evidente que isto faz confusão aos investidores», disse Godinho Lopes, em conferência de imprensa, referindo à sessão de esclarecimentos aos sócios e quer terminou com sete pessoas a atirarem ovos a Daniel Sampaio, vice-presidente da Mesa.
«Se a providência cautelar não vier a tempo, vamos estar na assembleia geral. Mas volto a dizer, esta assembleia geral é contra o Sporting e contra os sócios porque não tenho problemas em ir a votos no final da época», continuou, revelando um e-mail de Rui Morgado, secretário da assembleia geral, na quarta-feira aos sócios leoninos, e revelando que Daniel Sampaio, vice-presidente da AG, pressionou Eduardo Barroso a convocar a reunião.
«Tenho aqui um e-mail de Rui Morgado que diz o seguinte: 'Para os sportinguistas amanhã é a doer, estamos em forma? A luta continua», disse Godinho Lopes, atirando-se, de seguida, a Daniel Sampaio.
«É lamentável que tenha havido chantagem clara de Daniel Sampaio e o que disse a Eduardo Barroso: 'ou marca uma assembleia geral até final de fevereiro ou eu demito-me», contou, terminando: «É triste que as pessoas se vitimizem quando prejudicaram o Sporting na relação com os investidores, com a banca e no mercado de transferências. Estas manifestações estão a prejudicar o Sporting», explicou.
Godinho Lopes voltou a avisar que não tem receio de perder o seu lugar na presidência do clube de Alvalade. 
«Não tenho medo dos sócios. Nós, conselho diretivo, estamos dispostos a ouvi-los porque não estamos agarrados ao poder. Há momentos e locais apropriados para fazer assembleias e esta é contra o Sporting. Não faz sentido, num momento fundamental de reestruturação da dívida que se convoque uma assembleia. Não faz sentido, também, que no período em que o mercado de transferências está aberto, convocarem uma assembleia geral», referiu.
«E o que me preocupa é que ninguém apresenta uma solução. Tudo o que tenho lido é sobre destituição, numa altura em que há salários por pagar, passes nas mãos dos jogadores e fornecedores a bater à porta. Seria o caos», alertou.