André Patrão, um dos líderes do Movimento 'Dar Rumo ao Sporting' (juntamente com Miguel Paím), mostra-se expectante para o plenário dos órgãos sociais do clube, que se vai realizar esta tarde e de onde deverá resultar a demissão da direção de Godinho Lopes.

Em entrevista ao SAPO Desporto, o responsável pelo Movimento garante que este termina assim que cair a direção ou se realizar a Assembleia Geral (AG) marcada para 9 de fevereiro. «Vamos aguardar para saber o que sai do plenário. Tudo indica que seja a demissão em bloco, mas enquanto não for oficial não vamos celebrar ou desviar do trabalho que temos feito. A única coisa que está marcada é a AG de dia 9 e é só isto que podemos considerar», afirma, acrescentando a sua posição sobre o cenário de eleições antecipadas em março: «O nosso entender é que quanto mais rápido, melhor. As eleições não nos competem a nós, porque o Movimento acaba a partir do momento em que há AG ou cai a direção.»  

Para o líder deste Movimento, que lutou pela realização de uma AG para os sócios serem ouvidos, a demissão da direção tem um «lado positivo e outro negativo». «Positivo, a demissão da direção; negativo, a forma como surge e quando surge. [A provável demissão da direção] Não surge pela vontade dos sócios, é apenas a última forma de escapar aos sócios, depois de todas as tentativas de boicote terem falhado. Foi mais uma forma de não dar a voz aos sócios.»

Sem querer comentar uma eventual recandidatura de Godinho Lopes, André Patrão também não quis comprometer-se com uma hipotética participação numa futura solução diretiva. «Nem eu nem o Miguel [Paim] temos resposta. A prioridade foi sempre cumprir estritamente o objetivo a que nos tínhamos proposto. Depois não sei. Temos as nossas vidas pessoais para pensar. Se nos propomos a um objetivo e temos sucesso é um feito para o bem do clube e daria crédito ao nosso trabalho para podermos fazer outra coisa. O fim foi sempre o bem do Sporting e o resto é irrelevante, porque não é isso que nos move. No que pudermos ajudar e tivermos competência, lá estaremos», assegura.

O propósito de convocar uma AG no Sporting exigiu ao Movimento uma recolha de fundos na ordem dos 25 mil euros. A concretizar-se o cenário de demissão da direção e consequente desmarcação da Assembleia de 9 de fevereiro, o responsável pelo projeto 'Dar Rumo ao Sporting' promete a devolução do dinheiro.

«A não se realizar a AG, o dinheiro é devolvido ao Movimento e depois será entregue aos sócios que apoiaram por ordem de entrega. Os primeiros que deram dinheiro são os primeiros a receber. Creio que apenas mil dos 25 mil euros foram já gastos para a convocatória da AG», conclui. 

O plenário dos órgãos sociais do Sporting está marcado para esta tarde, às 18h30.