O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) acusou hoje a SAD do Vitória de Setúbal de ter uma dívida de 50.000 euros ao antigo jogador João Silva e de faltar à verdade num comunicado aos sócios do clube.

A tomada de posição do SJPF surge na sequência do comunicado da SAD ao Vitória de Setúbal a acusar o sindicato de fazer «acusações graves, sem conhecimento da totalidade dos factos».

«O facto de o SJPF não aceitar a versão dos factos veiculada pela Vitória FC - SAD, não resulta de desconhecimento dos mesmos, mas da circunstância de, porque os conhece tão bem, saber que tal versão não corresponde à verdade», garante o sindicato, em resposta ao comunicado da SAD do Vitória de Setúbal.

O SJPF alega que o jogador João Silva começou a jogar no Vitória de Setúbal em agosto de 2011 e manifestou a intenção de rescindir o contrato em janeiro de 2012 porque, «decorridos vários meses, o jogador ainda não havia recebido por inteiro nenhuma das retribuições mensais acordadas e as sucessivas promessas de pagamento iam sempre sendo renovadas mas nunca cumpridas».

De acordo com o comunicado de resposta do SJPF, o jogador, que na altura já era credor de 65.000 euros, terá informado o presidente do clube, Fernando Oliveira, da intenção de rescindir o contrato com justa causa, mas a pedido de Fernando Oliveira, terá concordado com a rescisão por mútuo acordo mediante o pagamento do valor em dívida.

«Atendendo a que já tinha em mãos um cheque pré-datado no valor de 25.000 euros, o senhor Fernando Oliveira entregou-lhe 7 cheques pré-datados no valor total de 40.000 euros. Contudo, os dois cheques de valor mais elevado, 25.000 euros cada um, foram devolvidos por falta de provisão, pelo que à presente data mantém-se em dívida a quantia total de 50.000 euros», sustenta o comunicado.

O SJPF refere ainda que Fernando Oliveira tinha apresentado uma queixa-crime contra o jogador, imputando-lhe a prática de um crime de burla, porquanto, na tese de Fernando Oliveira, «o jogador teria acedido a perdoar ao clube 25.000 euros, pelo que, dos dois cheques nesse montante que lhe foram entregues só um seria devido».

«Tal processo-crime foi arquivado ainda em sede de inquérito», acrescenta o sindicato.

No documento publicado na página oficial do clube na internet, os responsáveis da SAD do Vitória de Setúbal alegam que, aquando da revogação do contrato por mútuo acordo, conforme previamente combinado, «o jogador recebeu sete cheques com datas de vencimento diversas».

Os responsáveis da SAD do Vitória de Setúbal alegam também que um dos cheques de valor mais elevado, 25.000 euros, era para substituir outro que já estaria na posse do jogador, que o terá depositado, ao contrário do que teria acordado com os dirigentes do clube sadino.

As divergências entre o clube e o jogador vão ser dirimidas através de um processo judicial a correr no tribunal de Setúbal.

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