O empresário Paulo Paiva dos Santos anunciou hoje ter tomado «a decisão definitiva e irrevogável de não participar no ato eleitoral do Sporting, nem como candidato nem como simples apoiante de qualquer lista».

Em comunicado, para esclarecer as notícias que o colocam «como putativo candidato ao ato eleitoral», o presidente do conselho de administração da WYNN pharma, S. A. autoexcluiu-se de figurar em qualquer dos elencos concorrentes, «ou que se venha a apresentar no futuro», às eleições de 23 de março.

«Após ter escutado, ponderado e validado, atentamente e com muito rigor, as várias propostas e cenários que me foram sendo apresentadas nestas ultimas semanas, entendi não estarem reunidas as condições necessárias para poder assumir tão importante compromisso com a distintiva instituição que é o Sporting Clube de Portugal», refere Paulo Paiva dos Santos, no mesmo comunicado.

O empresário, que foi candidato a vice-presidente do clube na lista encabeçada dor Pedro Baltazar nas anteriores eleições, justifica a decisão de «abandonar a paixão e ouvir a razão», com a necessidade de se manter focalizado nos seus projetos empresariais e sociais e de acompanhar o seu núcleo familiar.

Paulo Paiva dos Santos promete ainda continuar a servir o Sporting nos «jogos e torneios de veteranos do andebol», apelando ainda à elevação durante o período eleitoral.

«Espero que a honorabilidade e respeitabilidade que o Sporting granjeia, seja mantida em elevação neste ato eleitoral, e a todos os candidatos, os assumidos e os putativos, desejo a maior sorte», conclui o empresário.

Na quinta-feira, em declarações à Lusa, Paulo Paiva dos Santos tinha anunciado que iria integrar uma lista, mas que não tinha decidido se seria candidato à presidência.

Os órgãos sociais do Sporting demitiram-se em bloco na terça-feira, tendo sido marcadas eleições para 23 de março, após um entendimento entre os presidentes do Conselho Diretivo, Luiz Godinho Lopes, do Conselho Fiscal e Disciplinar, João Mello Franco, e da Mesa da Assembleia-Geral, Eduardo Barroso.

A Mesa da Assembleia-Geral tinha convocado uma reunião magna para 9 de fevereiro, requerida por um grupo de sócios com vista à destituição de Godinho Lopes, que foi desmarcada após a renúncia dos órgãos sociais do clube lisboeta.

Até ao momento, foram anunciadas as candidaturas de Bruno de Carvalho, empresário de construção civil que perdeu as últimas eleições por 360 votos para Godinho Lopes, e Carlos Severino, antigo diretor de comunicação do clube de Alvalade.