João Pedro Paiva apresentou esta quinta-feira, oficialmente, a sua candidatura à presidência do Sporting, assumindo-se como o «rosto de um projeto que marca um corte com o passado e o fim do presidencialismo multidisciplinar».

«Sou o rosto de um projeto, do qual me orgulho e para o qual escolherei as pessoas competentes para o concretizar», disse João Pedro Paiva, que pretende marcar um corte com o passado, «doa a quem doer».

Figura desconhecida do universo sportinguista, João Pedro Paiva invocou os seus 30 anos de sócio vividos anonimamente, nos últimos anos de forma mais ativa, contribuindo para vários projetos, nomeadamente ao patrocinar várias atividades do clube.

Entre elas, o patrocínio à festa de homenagem ao antigo jogador do Sporting, Ivailo Iordanov, à equipa de futsal, que «ajudou a ser campeã», enquanto outros «ponderavam se existiam condições para a tornar realidade», à equipa de andebol, que «chegou a uma final europeia e conquistou pela primeira vez uma competição dessa grandeza», e à equipa de futebol de praia, «que foi campeã, com o orgulho sportinguista de quem contribui no anonimato».

João Pedro Paiva, ciente do momento delicado que o Sporting vive, entende que é a hora de «sair da retaguarda e assumir responsabilidades».

«Não farei promessas irreais, o clube precisa de definir um rumo e levar por diante um projeto sem nomes sonantes, com uma equipa coesa, que promova a necessária reestruturação financeira e a nível organizacional», disse João Pedro Paiva, que aconselha quem queira protagonismo a «procurar outras listas» e promete «o fim do presidencialismo multidisciplinar».

Do que o clube carece, no seu ponto de vista, não é de «salvadores da pátria», mas de pessoas com valências específicas e adequadas ao projeto, para quem a única motivação seja «servir os interesses do Sporting».

O candidato quer tornar o Sporting «mais forte a nível desportivo, social e financeiro», acabar com «interesses, comodismos e guerras internas», garantir «a estabilidade, devolver a emoção aos sócios e estancar a adesão de crianças a clubes rivais».

Promete, ainda, apostar na formação «como base para a equipa principal», implantar um modelo tático «para todo o futebol», criar uma departamento específico para «facilitar e impulsionar a entrada de jogadores da equipa de juniores e da equipa B na formação principal» e contratar «um ex-árbitro que prepare os jogadores» para o jogo seguinte, para que estes saibam «como lidar com o juiz da partida e evitar a amostragem de cartões».

Propõe, também, um «teto salarial para os jogadores», um plantel adequado que «não ponha em causa a sustentabilidade financeira» do Sporting e a aposta forte nas modalidades, em particular o futsal, o andebol e o atletismo, recuperando «o estatuto que tem vindo a perder».