Carlos Carvalhal, o último treinador do Sporting a vencer o FC Porto na I Liga de futebol, frisou hoje que há três anos os portistas também eram favoritos, mas os "leões" ganharam por 3-0.

Nesse jogo, da 21.ª jornada da época de 2009/10, Djaló, Izmailov (hoje no FC Porto) e Miguel Veloso marcaram para o Sporting naquela que foi a última vez que a turma “leonina” bateu o FC Porto para o campeonato.

O treinador era Carlos Carvalhal que considerou que o Sporting - FC Porto de sábado, também da 21.ª jornada, «não vai ser fácil para ninguém».

«O Porto está a jogar um futebol de grande qualidade, mas o Sporting é sempre o Sporting. Joga em casa e tem um potencial muito grande. Na altura, o Sporting também não era favorito, mas ganhou por 3-0», lembrou no final da sua intervenção no ‘Fórum do treinador de futebol/futsal’, no âmbito da Guimarães, Cidade Europeia do Desporto 2013, que tem lugar naquela cidade minhota.

O treinador elogiou a aposta do clube “leonino” nos jovens valores da sua formação, mas notou que o «contexto» não é o mais indicado.

«O Sporting está a fazer o que deve e a curto/médio prazo vai colher os frutos. É uma ‘fábrica’ de jogadores de valor, não apostar na formação é que é contrária à sua história. Agora, tantos ao mesmo tempo e numa situação difícil é que não é o melhor contexto», avisou.

Sobre a candidatura do antigo treinador José Couceiro à presidência do Sporting, disse ser "bom que pessoas do futebol" estejam nesse tipo de cargos.

«Principalmente, no Sporting, que não tem sido muito feliz nos últimos atos de gestão. Já o disse na altura: o Sporting é um carro da Fórmula 1 que não está a ser conduzido da melhor forma», disse.

O técnico lamentou ainda os incidentes entre adeptos do Vitória de Guimarães e do Sporting de Braga, domingo, no jogo das respetivas equipas B, e apelou a uma intervenção das autoridades para debelar um problema que identificou.

«Vejo cada vez mais pessoas que detestam o futebol a infiltrarem-se em grupos organizados, conheço algumas pessoas dessas. Estamos num momento social muito difícil, as pessoas estão muito nervosas, não têm emprego nem dinheiro e o futebol absorve estas pessoas e depois surge a violência. É preciso ter muito cuidado e as pessoas responsáveis, até ao nível governativo, têm que refletir e investigar», disse.