Carlos Severino, candidato à presidência do Sporting, recusou esta sexta-feira retratar-se das críticas feitas a Jesualdo Ferreira e negou ter recebido qualquer carta do atual treinador dos "leões".

«Eu não me posso retratar de nada, porque o que eu disse está dito. Volto a afirmar que, relativamente a isso, foram dois presidentes da Assembleia-Geral [do Sporting], aliás o atual e um ex, que, na segunda-feira, afirmaram que os jogadores estavam a ser pressionados e que parecia até que estavam a ser desvalorizados», recordou.

O candidato à presidência do Sporting apelidou na terça-feira o atual treinador da equipa de «infiltrado», na sequência das críticas a Rui Patrício e Ricky van Wolfswinkel, depois do jogo com o Estoril, da última jornada da I Liga de futebol.

No entanto, Carlos Severino salientou que não gostou que Jesualdo Ferreira tenha dito publicamente que os jogadores falharam.

«Eu penso que o professor Jesualdo já deve ter refletido, porque o Rui Patrício já veio publicamente manifestar que estava incomodado», prosseguiu, defendendo que agora o treinador do Sporting já deve ter passado uma mensagem muito positiva para o balneário.

O candidato da lista A negou ter recebido ainda a carta que o técnico assumiu ter enviado ao seu advogado: «Se o professor, por quem tenho todo o respeito, diz que me enviou uma carta… se receber essa carta entregá-la-ei aos meus advogados».

Hoje, na conferência de imprensa de antevisão do “clássico” que vai opor o Sporting ao FC Porto no sábado, Jesualdo Ferreira afirmou que solicitou um esclarecimento público a Carlos Severino.

"Acho que o recado tem o endereço errado, pois não me revejo nessa personalidade que me quiseram colocar. Dirigi uma carta, através do meu advogado, ao senhor candidato a convidá-lo a esclarecer publicamente essa matéria", disse o técnico, em conferência de imprensa.