O treinador do Vitória de Guimarães disse hoje não temer que o jogo particular realizado em Angola tenha efeitos físicos negativos na receção à Académica, na segunda-feira, da 21.ª jornada da I Liga de futebol.

O Vitória jogou com o Kabuscorp, na terça-feira, na apresentação da equipa angolana aos seus adeptos (1-1), e, apesar da lesão do defesa esquerdo Addy, que é baixa para as próximas semanas, mas «que podia acontecer lá como cá», Rui Vitória retirou dividendos positivos da viagem.

«Não olhamos para as coisas de forma isolada e se, eventualmente, pode haver algum reflexo físico negativo, o que não acredito que aconteça, mentalmente foi uma experiência diferente que nos fortaleceu. Estivemos em contacto com uma cultura diferente, com uma alegria e paixão pelo jogo que são contagiantes e foram momentos gratificantes», disse.

O técnico espera um «jogo muito difícil» diante da Académica, equipa com «jogadores e um treinador de qualidade». «Não tem sido feliz nos últimos tempos, mas quer fazer pontos e, tendo qualidade, temos que esperar sempre que ela possa aparecer», notou.

Hoje, durante o treino matinal, cerca de 15 adeptos mostraram uma tarja - «connosco quem quiser, contra nós quem puder, em nossa casa mandamos nós» -, numa referência implícita aos acontecimentos ocorridos no recente Vitória B-Braga B entre os adeptos dos dois clubes.

Rui Vitória disse que o plantel ficou «aborrecido» com o sucedido, mas conseguiu «alhear-se do que queria». O treinador fez questão de criticar quem abordou a situação de forma «leviana e simplista».

«É preciso ver os dois lados e não pode haver comentários a prejudicar sempre os mesmos. O apoio ao Vitória tem sido inexcedível em todos os campos, tomara todas as equipas terem adeptos como os nossos», disse.

Pediu ainda às pessoas responsáveis que «parem para refletir, porque as coisas não estão a ser tratadas com a profundidade devida».

O Vitória de Guimarães volta a treinar no domingo de manhã e no final será conhecida a lista de convocados.