O treinador do Moreirense, Augusto Inácio, disse hoje que os minhotos deslocam-se domingo ao terreno do Rio Ave, na 23.ª jornada da I Liga em futebol, para tentar pontuar.

Antevendo uma partida «muito difícil», o técnico do Moreirense, cujas aspirações são a manutenção na I Liga, reconheceu o «favoritismo» do Rio Ave, que tem vindo a lutar por um lugar europeu, mas prometeu rumar a Vila do Conde com um pensamento: «pontuar fora».

«O Moreirense fora tem tido um comportamento bom. Vamos tentar contrariar o favoritismo do Rio Ave, que está numa situação superior à nossa. Três pontos é melhor que um, mas se fizermos jogos fora, mesmo não ganhando, ou seja não perdendo, acho que ganhamos mais hipóteses de ficar na I Liga», disse, hoje, em conferência de imprensa, o treinador do Moreirense.

O Rio Ave foi descrito pelo treinador dos minhotos como «um adversário que está a fazer um excelente campeonato», logo capaz de «criar muitas dificuldades».

Augusto Inácio confirmou que continua a «ter esperança» de que a manutenção «é possível» apesar do «balde de água fria» que foi o empate (1-1, em casa) no último minuto de compensação com o Olhanense, um adversário direto, na última jornada.

«Custa muito sofrer aos 93 minutos, mas no dia seguinte já era outra coisa. Há que reagir. Há que saber ultrapassar as dificuldades. Se estivermos agarrados ao fatalismo, não vale a pena lutar».

O treinador minhoto enumerou algumas «melhorias» que tem vindo a verificar no Moreirense nos últimos jogos, como a «capacidade de defender bem» e de «atacar ainda melhor».

Sobre o goleador franco-argelino, Ghilas, que não tem conseguido marcar (não marca desde a jornada 18, quando apontou dois golos de uma vitória caseira por 3-0 frente ao Beira-Mar), Augusto Inácio, confirmou que o avançado «está a ficar ansioso», sendo «urgente» para ele conseguir um golo que restabeleça a sua «confiança».

Questionado sobre o cada vez maior número de jogadores aptos para jogar - depois de uma "onda" de lesões que na jornada 15 chegaram a obrigar o antecessor de Inácio, Jorge Casquilha, a só sentar cinco suplentes no banco para defrontar o Benfica (derrota por 2-0) - o técnico felicitou o departamento clínico minhoto e reconheceu que é «cada vez mais difícil» escolher um "onze".

«Estão motivados e unidos e o leque aumenta. A competitividade entre eles também aumenta. Também é verdade que alguns não estão preparados para a competitividade e alguns ainda não entenderam isso. Depois tenho de tomar opções e deixar gente de fora ou no banco que fica triste. É muita motivação. Querem dar tudo à equipa. Acreditam. O espírito de sacrifício é que vai sobressair e ditar quem é que não dá baldas ao colega e agarra a titularidade. Quem tem unhas, toca guitarra», concluiu o treinador dos vimaranenses.

Separados por 13 pontos, Moreirense, 15.º e penúltimo classificado, com 17, e Rio Ave, quinto, com 30, jogam no domingo pelas 16h00, em Vila do Conde.