Antigo responsável pela comunicação do Sporting, Carlos Severino conhece bem «os cantos à casa» do clube que pretende liderar e fazer regressar, em poucos anos, de novo ao estatuto de «grande» do futebol português.

O antigo jornalista, de 60 anos, chegou a Alvalade em 1998, a meio do mandato de José Roquete, e ficou até 2006, saindo após Dias da Cunha deixar o cargo e ser substituído por Filipe Soares Franco.

Foi o primeiro a avançar como candidato a estas eleições, e as iniciais do “slogan” da sua campanha, «salvar o Sporting», SOS, mostram bem o que pensa da emergência do atual momento leonino.

Praticamente sem apoios expressos de «notáveis» de Alvalade, nem de nomes conhecidos do grande público, Severino «corre por fora» contra Bruno de Carvalho, o candidato que perdeu por muito pouco com Godinho Lopes, e José Couceiro, que já teve cargos na estrutura de futebol do Sporting.

Severino prescinde de grandes iniciativas de campanha e faz questão de realizar as suas conferências de imprensa na sua terra natal, Loures, em cuja Câmara Municipal trabalha, como diretor de comunicação.

Da "região saloia" traz para a sua candidatura vários amigos, como o atual presidente da autarquia, Carlos Teixeira, que concorre à presidência da Mesa da Assembleia Geral.

Jornalista desde os anos 80, passou pela RTP, TVI, RNA e TSF, a estação que mais o tornou conhecido e onde o trabalho desenvolvido lhe valeu o convite para a estrutura dirigida por Roquette, na qual viveu por dentro a conquista dos dois últimos campeonatos "verde-e-brancos".

Carlos Severino acrescenta ao seu currículo «técnico de Desporto» e refere a passagem, em 2002, pela Johan Cruyff International University, o que não é certamente alheio ao seu plano de colocar cinco técnicos da estrutura criada pela antiga "estrela" holandesa a trabalhar em Lisboa.

Pai de quatro filhos e já com um neto, refere com orgulho que «todos são do Sporting» e que são «o melhor do Mundo». Assume-se como um homem de família, sempre bem-disposto, e tem como uma das citações favoritas «a vida são dois dias e o carnaval três...».