Os jogadores do Olhanense avançaram esta quinta-feira com um pré-aviso de greve para o jogo com o Benfica, da 25ª jornada, a 7 de abril, avança o jornal A Bola.

Os jogadores do clube algarvio estão com quatro meses de salários em atraso e depois da reunião desta tarde, em que sairam sem garantias de que os salários iam ser pagos, entregaram o caso ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).

O encontro com o Benfica está agendado para dia 7 de abril, em Olhão.

Comunicado do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol:

AVISO PRÉVIO DE GREVE.

1. Considerando que a maioria dos trabalhadores - jogadores profissionais de futebol - em actividade no SPORTING CLUBE OLHANENSE se encontram sem receber o seu salário desde o mês de Dezembro de 2012, com consequências graves ao nível pessoal, familiar e profissional;

2. Considerando que o salário é o suporte económico do trabalhador e da sua família e é um direito constitucionalmente consagrado;

3. Considerando que, após muitas insistências dos interessados, a situação não mereceu por parte do clube a resposta adequada;

4. Considerando, finalmente, que esta situação, dada a sua permanência, se tem vindo a tornar cada vez mais gravosa.

A Direcção do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, ao abrigo e nos termos do disposto no Art. 534º do Código do Trabalho aprovado pela Lei 7/2009, de 12 de Fevereiro, comunica que os trabalhadores profissionais de futebol em actividade no SPORTING CLUBE OLHANENSE, caso não seja efectuado o pagamento a todo o plantel, de um mês de salário, até às 15.00 horas, do dia 5 de Abril de 2013, se decidiram pelo recurso à greve sob a forma de paralisação total do trabalho, não comparecendo ao jogo da 25ºº jornada a disputar contra o Sport Lisboa e Benfica, respeitando os prazos previstos no artigo 534º do Código de Trabalho.

Pretende-se, desta forma:
a) obrigar a entidade patronal a pagar, pelo menos, um mês de salário;

b) obrigar o governo e sobretudo as entidades competentes, Liga Portuguesa de Futebol Profissional e Federação Portuguesa de Futebol a uma intervenção firme junto do clube no sentido de honrar as suas obrigações;

c) alertar as instâncias desportivas para a necessidade de erradicar de forma definitiva este fenómeno.