O presidente do Olhanense disse hoje que o clube entregou a «documentação possível» à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) em relação ao controlo financeiro de abril e fica a aguardar a notificação do organismo.
«O clube entregou a documentação que foi possível até ao momento, para posterior análise pela Liga, e ficamos a aguardar o seu parecer. Vamos tentar solucionar o problema de acordo com os regulamentos, nomeadamente o artigo 74 do regulamento disciplinar da Liga», disse Isidoro Sousa, em conferência de imprensa.
O artigo em causa explicita que os emblemas só são castigados com perda de pontos se não pagarem os vencimentos em dívida no prazo de dez dias «a contar de notificação expressa da comissão executiva da Liga para o efeito».
«Depois de sermos notificados, teremos uma data precisa para regularizar o mês e meio [de salários] que falta», disse o dirigente, sublinhando que «hoje não é o 'dia D' nem o dia de 'vida ou morte'».
O Olhanense precisa de regularizar, neste controlo, mês e meio de salário, o que corresponde a uma verba de 288 mil euros, exatamente o mesmo valor que permitiu anular o pré-aviso de greve do plantel para o jogo com o Benfica.
Contudo, o clube fica a dever aos jogadores, a partir de hoje, quando vence o mês de março, dois meses e meio de salários.
Isidoro Sousa garante que não vai desistir de procurar uma solução e não se afirma preocupado com uma possível recandidatura às eleições marcadas para 29 de abril, cujo prazo de entrega de listas encerra na sexta-feira.
«Sinto-me abandonado, mas não desisto nem atiro a toalha ao chão. Não contactei ninguém nem reuni a direção para debatermos esse assunto. Estou apenas preocupado em resolver o problema. Se não concorrer, pouco me importa», disse.
O Olhanense ocupa o 14.º lugar da I Liga portuguesa de futebol, com 21 pontos.