O “clássico” de domingo entre Benfica e Sporting, da 26.ª jornada da I Liga de futebol, pode gerar 14,5 milhões de euros para a economia nacional, mostra hoje um estudo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM).

Segundo o mesmo documento, 6,9 milhões podem resultar dos consumos realizados em casa durante o jogo, «entre cervejas e snacks» entre os cerca de quatro milhões de telespetadores estimados.

As receitas diretas podem equivaler, para o IPAM, a 2,3 milhões de euros, numa categoria onde são contabilizados os proveitos relacionadas com a organização do jogo.

Nestas contas entram as receitas de bilheteira, 65 mil espetadores, equivalentes a um milhão de euros, os direitos televisivos (800 mil euros) e os gastos com a restauração no interior do Estádio da Luz (300 mil euros).

Um quarto do impacto, quase quatro milhões, refere-se ao consumo na restauração, o que muito deverá contribuir o facto do jogo não ser transmitido em sinal aberto (SportTV), o que conduzirá muitos adeptos a cafés e restaurantes.

Além de Benfica, Sporting e Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), «as receitas vão também beneficiar empresas de ‘catering’, transportes, hotelaria, cafés, restaurantes, segurança, limpeza, casas de apostas, gasolineiras, concessionários de autoestradas, marcas desportivas, cervejeiras, hipermercados, entregas de comida ao domicílio e tabaqueiras», refere o relatório.

Para Daniel Sá, o professor que dirigiu este estudo, era esperado que o jogo de domingo superasse os 20 milhões de euros, verba estimada numa análise semelhante, em 2009, num Benfica-FC Porto.

«O estudo agora levado a cabo tem em consideração a realidade social e económica do país, nomeadamente o fator relacionado com o poder de compra da população e é a isso que se deve a quebra das receitas indiretas», explicou Daniel Sá na nota informativa distribuída pelo IPAM.