A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) entregou hoje à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a decisão de alargar a I Liga para 18 clubes, para poder acolher o Boavista em 2013/14.

«A direção da FPF foi hoje, 23 de abril de 2013, notificada do conteúdo das deliberações da Assembleia-Geral (AG) extraordinária da LPFP, realizada no passado dia 06 de abril», informou hoje a FPF, no seu sítio oficial na Internet, acrescentando que a direção federativa «vai a partir de hoje analisar a forma e o conteúdo dessas deliberações, e decidirá sobre as mesmas no mais curto espaço de tempo possível».

A FPF ressalva que «a decisão a tomar levará em linha de conta os princípios e as normas legais, regulamentares, nacionais e internacionais, bem como as deliberações dos órgãos jurisdicionais, nomeadamente as do Conselho de Justiça (CJ) da FPF, que cumprirá e fará cumprir».

Na AG extraordinária da LPFP de 06 de abril, a proposta de alargar o campeonato principal a 18 clubes, recorrendo à disputa de uma "liguilha" para preencher a 18.ª vaga (o 17.º será o Boavista), a realizar no final da presente temporada, envolvendo os dois últimos classificados da I Liga e os terceiro e quarto da II Liga, foi aprovada por maioria simples.

Na generalidade, o documento passou com 29 votos favoráveis, 13 contra e quatro abstenções (os clubes da I Liga têm dois votos e os da II têm um).

Sendo aprovada, a "liguilha" vai disputar-se por eliminatórias, sendo a primeira jogada entre o 15.º do primeiro escalão e o quarto do segundo, e o 16.º da I Liga e o terceiro da II Liga, com os vencedores destes dois encontros a decidirem entre si a última vaga.

No que diz respeito à II Liga, os regimes transitórios, que dependem da capacidade de inscrição do Boavista na I Liga, conforme os pressupostos do organismo, preveem a descida de apenas duas ou até uma única equipa aos campeonatos não-profissionais.

Entretanto, o Belenenses, que já assegurou a subida à I Liga, apresentou um recurso da deliberação da AG extraordinária da Liga, alegando possíveis irregularidades na decisão.

Os dirigentes dos "azuis" do Restelo questionam no recurso ao CJ da FPF qual o fundamento para a deliberação da Liga, justificando que o que constava da ordem de trabalhos da AG era a reintegração do Boavista, mas que acabaram por decidir o alargamento a 18 clubes, independentemente de o Boavista ser ou não reintegrado.

Em causa, segundo os "azuis" está a forma como decorreu a votação, alegando o clube que não foram discutidas as várias formas que haveria para reintegrar o Boavista.