Vítor Pereira explica o tom mais exaltado na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Moreirense. O técnico do FC Porto sente que tanto ele como a sua equipa não estão a ser respeitados.

«Às vezes é preciso falar, senão andamos aqui a fazer o papel de bons rapazes. Também me sei defender, pois venho de um meio em que tive de lutar para aqui chegar. Ninguém me deu nada, nem nunca pedi nada a ninguém. E quando sinto que estão a faltar ao respeito ao meu trabalho e à minha equipa não tenham dúvidas que vou falar. Este é um desses momentos, pois no fim-de-semana assisti a uma falta de respeito para comigo, para com a minha equipa e para com os adeptos do clube.

O técnico dos "dragões acha que «este sentimento de revolta deve ser transformado em energia positiva, de guerra, de luta pelos nossos objetivos». E aproveitou para lançar um apelo aos adeptos.

«Temos de estar atentos e unidos. É agora que temos de demonstrar a nossa diferença. Somos do norte, estamos habituados a lutar até ao fim, sem tirar a toalha ao chão. É essa mobilização da nação portista que pretendo em torno de um objetivo que é possível, dentro de um contexto justo em termos de arbitragem», afirmou na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o V. Setúbal.

Ainda sobre arbitragens, o treinador do FC Porto lembra o golo de Maicon na Luz na temporada passada, que o FC Porto venceu por 3-2.

«Ainda se fala esta época que o título do ano passado foi resultado do demérito do nosso adversário e não mérito do FC Porto, que se decidiu num lance em que o Maicon estava em fora de jogo. Gostava também que não branqueassem que nesse mesmo jogo há uma grande penalidade, uma dupla mão do Cardozo. Mas o que ainda esta época oiço é que o título do ano passado foi decidido num lance de fora de jogo. Mas ninguém fala da grande penalidade», comentou.