O árbitro Duarte Gomes fez um balanço da época que terminou no domingo, com a final da Taça de Portugal, considerando que «o futebol é a melhor arma de arremesso que a paixão tem», em que «tudo se permite em nome das emoções descontroladas, da raiva reprimida ou da cegueira momentânea».

«Acabou a bola. Pronto. Agora é que são elas. Como é que vamos libertar todo este stress? Sobre quem vamos descarregar as nossas alegrias, raivas, frustrações, tristezas, ilusões e desilusões? O futebol é a melhor arma de arremesso que a paixão tem. Disso não restam dúvidas. Tudo se permite em nome das emoções descontroladas, da raiva reprimida ou da cegueira momentânea. O besta que agora é bestial, mas daqui a nada é ainda mais besta do que tinha sido. E depois volta a ser bestial. O olé aos craques de hoje, que serão verdadeiros bodes expiatórios do amanhã. A ida ao aeroporto às tantas da manhã para idolatrar, em euforia descontrolada, aqueles que na semana seguinte queremos agarrar, espancar e mandar com bilhete de ida para os confins do Nepal. É assim, o futebol», escreveu na sua página no Facebook.