O SAD do Sporting anunciou hoje um prejuízo de 29,7 milhões de euros (ME) relativo aos primeiros nove meses do exercício de 2012/13 e um crescimento do passivo para 249 (ME).

Na prestação de contas do terceiro trimestre enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Sporting mostra resultados negativos 29,76 ME, a 31 de março de 2013, menos 3,9 por cento do que em igual período do ano passado.

Em relação aos proveitos operacionais, excluindo transações de jogadores, a sociedade que gere o futebol profissional "leonino" apresenta 25,7 ME, uma quebra de 4,8 ME face a 2012.

«Esta quebra explica-se por decréscimo de bilheteira (consequência da fraca performance desportiva), por ausência de receitas na pré-época, e pela mudança na contabilização das quotas em relação aos primeiros 9 meses do ano anterior (a alteração de 75% para 25% das quotas totais de sócios do SCP atribuídas à Empresa, ocorreu no final do 1º trimestre do 2011/12) e ainda pelo ligeiro decréscimo em receitas de publicidade e patrocínio», explica o relatório de atividade.

Por outo lado, os custos operacionais sofreram um agravamento relativamente ao exercício anterior, «fundamentalmente devido à rubrica Outros Custos Operacionais, que aumentou 1,416 ME nos nove meses em análise, como consequência de maiores despesas suportadas com transferências de jogadores e despesas com Imposto de Selo sobre juros e sobre operações de crédito, na sequência do aumento da dívida financeira verificado e de contratos de crédito associados».

O Sporting refere, no entanto, que o plano de reestruturação acordado com os bancos financiadores (BES e BCP) «permitirá à sociedade elevar os seus capitais próprios, criar condições para assegurar o cumprimento dos requisitos do 'Fair Play' financeiro exigidos pela UEFA e dotar a sociedade dos meios necessários à prossecução da sua atividade».

A SAD "leonina" indica que o valor do ativo (143,8 ME) manteve-se ao nível de 30 de junho de 2012, tendo-se verificado no semestre um aumento do passivo de 29,2 ME.

O passivo financeiro sofreu um acréscimo de 28,9 ME, para 249,2 ME, «correspondente ao défice resultante dos resultados negativos do período em análise», acrescenta a o relatório.