A «necessidade de estabilização dos quadros competitivos» é imperativa para jogadores, treinadores e árbitros de futebol, expectantes face às propostas finais da Liga nesse sentido, que serão apresentadas em Assembleia-Geral, no dia 27, no Porto.

«Primeiro, a direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional tem que convencer os clubes, e qualquer alteração só fará sentido se houver consenso. Caso contrário, nem vale a pena perder tempo», afirmou Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).

O dirigente sublinhou a importância do assunto – alteração dos quadros competitivos das I e II ligas – estar a ser debatido por todos os agentes da modalidade, com base num estudo de uma empresa holandesa, mas revelou que «as propostas não estão ainda fechadas».

«Era importante que os quadros competitivos ficassem estabilizados. O presidente da Liga [Mário Figueiredo], que ficou refém das suas promessas eleitorais, está agora a promover o diálogo», concluiu.

Também José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), afirmou estar «grato» pelo facto de a instituição que dirige estar a ser consultada, enquanto José Gomes, líder da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), disse ser «de louvar a pretensão de inovar, mas isso terá que ser feito com conta peso e medida».

O dirigente da classe dos árbitros revelou que a APAF irá apresentar contributos para as propostas de reformulação dos quadros competitivos das I e II ligas, com efeitos a partir da época 2014/2015, que serão apreciadas e votadas na Assembleia-Geral Extraordinária da Liga Portuguesa de Futebol do dia 27.

As três associações profissionais reuniram-se hoje no Porto para apreciar e analisar o momento atual do futebol português, nomeadamente a questão dos salários em atraso, formação e certificação de treinadores, profissionalização dos árbitros e a utilização do jogador português.