A direção da Académica negou hoje que tenha transferido o pavilhão Jorge Anjinho e a Academia Dolce Vita para a Sociedade Desportiva Unipessoal por quotas (SDUQ), que entretanto constituiu ao abrigo da nova legislação de sociedades desportivas.

A escolha de um novo modelo surgiu para adequar os regulamentos ao novo regime jurídico das sociedades desportivas, em que todos os clubes que pretendam participar nos campeonatos profissionais de futebol teriam de concluir, até final de maio, o processo de constituição de uma SAD ou de uma SDUQ.

Segundo um comunicado da direção academista, as duas infraestruturas desportivas «são património da AAC-OAF e assim continuam a ser».

«A AAC-OAF apenas transferiu para a SDUQ no ato da respetiva constituição os direitos de participação no quadro competitivo em que estava inserida, bem como os contratos de trabalho desportivos e os contratos de formação desportiva relativos a praticantes da modalidade que (...) é automática e obrigatória», lê-se no documento.

A direção da "Briosa" esclarece ainda que a sociedade desportiva foi constituída, como impõe a lei, com um capital social de 250 mil euros, integralmente realizado em dinheiro, não tendo procedido «a qualquer entrada em espécie».

O clube dos "estudantes" informou ainda ter remetido um «pedido de reapreciação da denominação aprovada pelo Registo Nacional de Pessoas Coletivas, no sentido de ser aceite a designação de Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, SDUQ, Ldª, tal como o proposto desde o início do processo».

Os sócios da Académica aprovaram a 25 de maio, em Assembleia Geral extraordinária, a constituição de uma SDUQ, em vez de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD) proposta pela direção.

Num universo de 1085 votantes, 583 sócios da "Briosa" manifestaram o desejo de ver constituída uma SDUQ, enquanto 481 votaram a favor de uma SAD como modelo para a gestão do clube. A votação registou ainda 15 votos brancos e quatro nulos.