O treinador do Vitória de Guimarães, Rui Vitória, disse esta sexta-feira que quer provar que o desempenho da última época, que culminou com a conquista da Taça de Portugal de futebol, não foi obra do acaso.

O técnico revelou ter tido um convite de um clube estrangeiro, mas que o recusou porque, para além de entender que não era o momento ideal para sair, é «teimoso e obstinado» e quer «provar que [a temporada passada] não foi obra do acaso».

«Confesso que gostaria de trabalhar com melhores condições, mas não é possível e estou muito bem aqui. Não sendo fácil repetir uma época como a anterior, vamos tentar», disse.

Rui Vitória disse ser difícil de prever se vai conseguir formar uma equipa tão ou mais forte do que a anterior, mas avisou que «a que vai começar não é a que vai terminar» porque tem «uma margem de progressão muito grande» e os jogadores «não são produto acabado».

O treinador fez um balanço positivo da primeira semana da pré-época, considerando que «está a decorrer dentro do que era previsto, melhor não podia ser».

Afirmou que «em relação ao trabalho não podia estar mais satisfeito», mas não quanto à constituição do plantel, porque ainda está longe de estar fechado, nomeadamente para a zona central do ataque, o setor mais débil neste momento.

Apesar disso, o técnico tentou desvalorizar a situação, considerando-a normal nesta fase da temporada, e não fechou a porta às "sobras" dos clubes "grandes", embora frisando que a filosofia do Vitória não é exatamente essa.

«Gostava de tê-los [aos avançados] o mais rápido possível, era importante, mas as coisas não são sempre como queremos, mas recordo que, na época passada, o Baldé chegou no limite do fecho do mercado», disse.

Admitindo que N'Diaye pode estar a perder terreno na luta com os outros colegas de posição, não deu uma explicação clara para a ausência do defesa central maliano - «às vezes são situações pessoais» -, que ainda não chegou a Guimarães, e desejou «não perder mais ninguém» para manter a «pequena base» que ainda tem de 2012/13.