Em entrevista ao SAPO Desporto, o treinador Pedro Martins, que confessa estar «preparado para atingir um grande do futebol português ou um grande do futebol europeu», traça os planos para 2013/14 com o seu «plantel jovem», mas com «irreverência».
Quais são os objetivos desportivos para esta época? 

Os nossos objetivos passam pela Liga Europa. É uma exigência. Faz com que tenhamos sempre esse objetivo. E depois ter uma participação numa final, numa Taça de Portugal, numa Taça da Liga. Estamos otimistas em fazer bom campeonato para atingir esse objetivo.

Que balanço faz da pré-época e dos trabalhos com o novo plantel?

Está a ser muito positiva. Deu para avaliar melhor a equipa a todos os níveis. A equipa tem momentos de oscilação, não é tão consistente, mas também devido à juventude do plantel. Não é pela qualidade. No fundo, é combatida com toda a irreverência. Temos um longo caminho a percorrer, temos de trabalhar muito, ter alguma paciência para ultrapassar momentos mais difíceis.

Está satisfeito com as soluções que o plantel apresenta para a época 2013/2014?

Até 31 de agosto tudo é possível, pode haver entradas como vendas. Temos de estar sempre em alerta e preparados para essas mudanças. O futebol atual exige isso.

Que perspetivas tem para este campeonato relativamente à luta pelo título, lugares europeus e fuga à despromoção?

Vai ser um campeonato muito idêntico ao anterior. Há clubes que estão na luta pelo título como o Benfica ou o FC Porto, e depois há também o SC Braga e Sporting. Os restantes plantéis são muito idênticos. Há uma maior competitividade em todos os setores. O que se verificou o ano passado, com o Estoril a atingir um lugar europeu, o Vitória de Guimarães, com todas as dificuldades, também conseguiu via Taça de Portugal, o Paços de Ferreira foi fantástico e acredito que isto vá acontecer com mais frequência, porque no fundo há grandes clubes com grande poderio financeiro e depois os outros que estão ao mesmo nível. A grande maioria tem grandes possibilidades de estar lá.

Que jogador(es) acha que poderão ser as surpresas deste campeonato?

É muito cedo. Estou muito focado no que é a nossa equipa, aquilo que podemos produzir. Espero que os meus consigam e que sejam grandes revoluções, como, por exemplo, o Danilo Pereira. Espero que atinjam um patamar de grande qualidade.

Que ambições pessoais enquanto treinador para o seu futuro?

Continuar a trabalhar neste projeto, que esta época consiga os objetivos: Liga Europa, uma final, rentabilizar ativos. Depois, pessoalmente, sentir que estou preparado para atingir um grande do futebol português ou um grande do futebol europeu.

O campeonato volta a iniciar-se com a quase totalidade dos treinadores a serem de nacionalidade portuguesa. Isso é mais uma prova de qualidade dos treinadores portugueses? 

É um orgulho. De facto, os treinadores portugueses têm muita qualidade, a começar pelo Mourinho e depois há outros com trajetos de grande qualidade, como André Villas-Boas, Jaime Pacheco, entre outros que não consigo enumerar. Demonstramos capacidade de adaptação às dificuldades do futebol português, o que nos permite, com esta flexibilidade, com esta inteligência, moldarmo-nos. Faz com que tenhamos criatividade e quando jogamos com equipas de outro quilate, conseguimos bater-nos de igual para igual. É uma imagem que demonstra bem a qualidade. O treinador português é muito apetecível em vários cantos do Mundo.