Pontos positivos
(Em jogo)
Freddy Montero: Após três jornadas, muitos adeptos do Sporting já quase não se lembram de um tal de Wolfswinkel, e a culpa é do avançado colombiano. Se nas duas primeiras jornadas já tinha mostrado valor, este sábado confirmou-o num jogo dito ‘mais a sério’. Não só pelo golo que marcou, independentemente da posição irregular, mas muito pela forma como segurou a bola e combinou com os seus colegas. Cinco golos em três jogos é um registo notável para um jogador que só chegou esta época ao futebol português.
Markovic: Se o sérvio aos 19 anos já joga o que joga, faça um exercício de futurologia e imagine-o como será este jogador quando atingir a sua plena maturidade. Há claramente um antes e um depois de Markovic no dérbi. Ressuscitou o Benfica no jogo com Gil Vicente e este sábado mostrou para o que veio. Entrou na partida e fez uma jogada digna dos predestinados do futebol, valeu Rui Patrício. Depois repetiu a dose, colou a bola ao pé, acelerou, e só parou quando viu a bola entrar sorrateiramente na baliza leonina. Só não se percebe porque é que começou a partida no banco de suplentes.
(Fora de jogo)

Que bonito é o futebol: O Estádio de Alvalade regressou aos seus tempos áureos (46,109 espectadores). O que se viu este sábado foi uma romaria de adeptos verdes-e-brancos a caminho do dérbi de sorriso estampado no rosto. A festa do futebol fez-se primeiro cá fora nas horas que antecederam o jogo, e depois lá dentro durante os 90 minutos que durou o encontro. As claques leoninas, agora juntas no topo sul, dão outro encanto ao futebol. Coreografias, cânticos, saltos e mais saltos, um ambiente de arrepiar em certos momentos. Os dérbis vivem não só do que se passa dentro de campo, mas também fora dele.

Pontos negativos:
(Fora de jogo)

O reverso da festa: O futebol continua a ter caso “pontuais” que mancham o espetáculo e afastam muitos daqueles que gostariam de trazer os seus ao estádio. Este sábado quatro adeptos foram detidos pela Polícia de Segurança Pública por tentativas de agressão a agentes e insultos. Sonha-se com o dia em que um dérbi decorra sem nenhum episódio destes a registar.

(Em jogo)
Uma águia de asas débeis: O Benfica está longe de apresentar o futebol que encantou os adeptos durante grande parte da temporada passada. Isso é inegável.  Mas o que mais salta à vista é o momento por que atravessam os defesas laterais encarnados. Maxi Pereira é uma sombra do que já foi ao serviço do Benfica. Atravessa um período negro que se estendeu ao jogo com o Sporting. É notória a sua falta de confiança na forma como aborda os lances, e isso reflete-se em algumas entradas fora de tempo na forma como defende, e ainda na falta de velocidade quando apoia o ataque. Já Bruno Cortez segue sem convencer no lado esquerdo do Benfica. Continua a acumular erros de posicionamento defensivo, e quando teve que se haver com Capel na segunda parte foi por demais evidente a sua fragilidade.
As tardias substituições de Jardim: Depois de uma primeira parte irrepreensível, o Sporting que apareceu na etapa complementar não parecia o mesmo que tinha ido para o intervalo. Não por demérito dos jovens leões, mas por mérito do Benfica que melhorou com as alterações forçadas que Jorge Jesus se viu obrigado a fazer. Ruben Amorim (42’) ajudou a segurar o meio-campo, Cardozo (49’) acrescentou centímetros à frente de ataque, e Markovic (45’) foi um verdadeiro “revolucionário”. E com tudo isto a acontecer, Leonardo Jardim demorou a ler o jogo. O Benfica foi galgando terreno e passou a estar literalmente em cima do Sporting. O técnico leonino acabou por perceber a necessidade de fazer algo. Fez entrar primeiro Dier (62’) para defesa central, ganhando um ‘tanque de combate’ para os duelos aéreos, e o irrequieto Capel (74’) para as alas de modo a obrigar os laterais encarnados a manterem-se bem mais atentos. A verdade é que nessa altura já o Benfica tinha empatado o jogo. Ficou a pensar-se, o que teria acontecido se a reação de Jardim fosse mais lesta, em resposta às substituições do seu adversário.

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