As transferências de Bruma para o Galatasaray (12 milhões de euros) e de Tiago Ilori para o Liverpool (7,5) deram ao Sporting um importante encaixe no fecho do “mercado” português, no qual o FC Porto foi quem mais lucrou.

Na Turquia e na Rússia a janela de transferências só encerra na quinta e na sexta-feira, respetivamente, pelo que as contas ainda podem ser substancialmente alteradas.

A transferência do jovem central Ilori para Anfield Road foi consumada no último dia e a do extremo Bruma para a Turquia só deverá estar concretizada na terça-feira: ambos são puro lucro, já que provêm da formação.

O encaixe de perto de 20 milhões de euros é significativo para os “leões”, que já antes tinham colocado o ponta-de-lança holandês Ricky van Wolfswilnkel no Norwich por 10 milhões: a grave crise financeira tornou o Sporting o grande que menos gastou, destacando-se o investimento de 2,5 milhões no avançado Montero (ex-Seattle Sounders, EUA), para já melhor marcador do campeonato, com cinco golos.

Em termos de vendas, o FC Porto voltou a bater claramente a concorrência: só o Mónaco pagou 45 milhões por James Rodriguez e 25 por João Moutinho, 70 milhões que deixaram os “dragões” de bolsos cheios, mas privados de dois dos seus mais influentes futebolistas.

O internacional ganês Atsu entrou em conflito com o clube e rendeu apenas quatro milhões de euros, com o Chelsea a cedê-lo, de imediato ao Vitesse, da Holanda.

Ao contrário da época passada, com grandes transferências de última hora – Hulk, Witsel e Javi Garcia – este ano os destaques foram resolvidos atempadamente, com o campeonato a continuar a revelar-se claramente exportador, em termos de números.

Cardozo, Garay, Salvio e Matic foram supostamente alvo do interesse de vários clubes, mas nenhum saiu, apesar do elevado número de contratações dos “encarnados”, em teoria para os substituir.

Cinco milhões de euros rendeu o paraguaio Melgarejo, que rumou ao Kuban Krasnodar, enquanto Nolito valeu 2,6 milhões ao sair para o Celta, um total de vendas bem abaixo dos anos anteriores.

No capítulo do investimento, o FC Porto também liderou, com cinco milhões por metade do passe do colombiano Quintero (ex-pescara), enquanto os mexicanos Diego Reyes (ex-América) e Herrera (ex-Pachuca), por nove e oito milhões, respetivamente.

O resgate de Josué (Paços de Ferreira) e aquisição de Licá (Estoril), surpreendentes titulares neste início de época, são simbólicos num orçamento a rondar os 100 milhões.

Os 10 milhões que o Benfica investiu em Lazar Markovic (ex-Partizan de Belgrado) podem revelar-se um dos melhores negócios dos “encarnados”, face à qualidade do mais promissor dos vários reforços sérvios.

Filip Djuricic (ex-Heerenveen) custou seis milhões e Ljubomir Fejsa (ex-Olympiakos) 4,5, enquanto o compatriota Miralem Sulejmani (ex-Ajax) chegou a custo zero. O brasileiro Cortez veio com opção de compra de cinco milhões de euros.

Lisandro López (ex-Arsenal de Sarandi) veio por cinco milhões, mas foi cedido ao Getafe, Luis Fariña (ex-Racing Avellaneda) por 3,5 e acabou no Baniyes, do Dubai, enquanto dois milhões mais o passe de Rodrigo Mora valeram a aquisição de Funes More (River Plate).