Cardozo (17') marcou o primeiro golo do jogo para o Benfica e Diakité (30') empatou para o Belenenses.

Primeira parte 

Apertado com a vitória do FC Porto desta sexta-feira, o Benfica entrou em campo com a obrigação natural de vencer o jogo diante do Belenenses para não deixar fugir mais o líder do campeonato.

A equipa incorporou bem esse espírito e essa necessidade e atirou-se para a frente em busca do objetivo primordial do futebol: o golo. Os primeiros minutos foram um sufoco, e o Belenenses, a precisar de oxigénio, lá se ia defendendo aos soluços.

Com o desenrolar da partida nestes moldes foi com naturalidade que o Benfica e Cardozo chegaram ao golo. O paraguaio, que se havia encontrado com a sua veia goleadora na última partida, fez uso da sua estatura para chegar onde os centrais do Belenenses não chegariam e marcou de cabeça aquele que foi o primeiro golo do jogo. Teve direito e tudo a dedicatória especial com o paraguaio a apontar para a tribuna presidencial onde Luís Filipe Vieira assistia ao seu jogo 500 dos encarnados, desde que assumiu o cargo.

Mas se falamos só do Benfica nos primeiros minutos, o Belenenses fez por merecer as próximas linhas. Naquele que foi o primeiro jogo sem Mitchell Van der Gaag no banco, os jogadores do Restelo de certeza que o traziam no coração e na cabeça as suas ideias dada a pronta resposta que apresentaram em campo.

Pé ante pé foram subindo no terreno, perante o olhar despreocupado dos encarnados, e acabaram mesmo por chegar ao golo. Sturgeon deu o primeiro aviso e pouco depois Diakité aparecia na área a marcar de cabeça o golo do empate. O lance acabou por estar envolto em polémico visto que Freddy, em posição irregular, acaba por dificultar a ação do guarda-redes Artur.

Regressou tudo à forma inicial. O Benfica viu-se na necessidade de acelerar o encontro fazendo valer a sua maior capacidade técnica, porém até ao intervalo não surgiram mais golos.

Segunda parte

Com o génio do Benfica sem ideias, o treinador Jorge Jesus não teve dúvidas em tirar Markovic e fazer entrar o recém-regressado de lesão Gaitán.

A precisar de voltar à vantagem, o Benfica construiu nos segundos 45 minutos uma estrada de apenas um sentido. Eram 10 jogadores encarnados sempre a correrem em direção à área do Belenenses, mas o futebol não é atletismo e faltou sempre objetividade à equipa de Jorge Jesus. Mérito para o adversário que, consciente dos seus defeitos e virtudes, fazia da garra o seu ponto forte e teimava em manter o empate.

O relógio andava, o marcador não mudava e Jorge Jesus com a paciência a esgotar-se com o que via apostou em Sulejmani e Rodrigo para que fossem eles a mudar que os seus colegas não tinham conseguido.

A pressão adensou-se, o jogo só se desenrolava na área do Belenenses, mas nada nem ninguém foi capaz desfazer o empate a um golo que tinha sido construído na primeira parte.

Com este resultado, o Benfica passa a somar 11 pontos e fica a cinco do líder do FC Porto. Já o Belenenses conta com quatro pontos e iguala Paços de Ferreira e V. Setúbal.