O presidente do FC Porto afirmou hoje que o museu do clube, que abre ao público no sábado, é um projeto que ultrapassou o seu «ambicioso» sonho, que esteve na origem da sua construção.

«Tudo o que tinha idealizado foi talvez um bocadinho ultrapassado. Sinto que acordei e que o sonho afinal não o era. Era realizável. Está uma obra fantástica», assumiu Pinto da Costa, após uma visita ao amplo e tecnológico espaço, na companhia dos atletas, treinadores e dirigentes do futebol e modalidades.

A visita guiada teve um propósito: «Antes de abrir ao público, é importante que quem veste a camisola do FC Porto sinta a importância e orgulho do clube onde estão e conhecer a sua história e êxitos».

«O meu mérito é ter sonhado isto e ter encontrado gente, uma equipa fantástica capaz de concretizar o meu sonho», sintetizou.

Pinto da Costa contou que foi visitar o museu do Barcelona, mas que, posteriormente, ao falar com o arquiteto dos “dragões”, lhe disse que «para fazer uma coisa destas, é melhor não fazer».

«Não foi o que sonhei. Trocamos ideias e ele disse que eu era muito ambicioso. Eu disse que se não fossemos capazes de espantar quem o visita, então não se faz. Felizmente compreendeu o que eu queria. Há coisas inovadoras que não há em museu nenhum. O autocarro da vitória é um pormenor interessantíssimo. E a figura do 11 mais votado pelos adeptos também é ideia muito interessante», opinou.

Um dos lugares onde Pinto da Costa passou mais tempo foi o “Espaço K”, dedicado ao golo de Kelvin sobre o Benfica, na época passada, aos 90+2 minutos da penúltima jornada, que valeu o 2-1 e a liderança do campeonato, confirmada com o título uma semana depois.

«Já vi (o golo) para aí umas 50 vezes. Hoje vi seis. Todos os dias vejo. Ao todo, mais de 50», gracejou.

O mote para falar de futebol, com o “clássico” de domingo com o Sporting, que decide a liderança da Liga, no Dragão, não foi aceite pelo dirigente: «Estamos a falar do museu, não vamos misturar. O jogo é para treinadores e jogadores. Não falo disso após uma visita destas. Hoje devemos recordar a história, o bonito que vimos. As pessoas que recordamos».

Reinaldo Ventura, “capitão” do hóquei em patins, colocou no museu, hoje mesmo, o último troféu conquistado pelo clube, a Supertaça.

«Para quem é portista como eu, isto é um orgulho tremendo. Aqui vive-se a história do FC Porto, o momento como foi o colocar a Supertaça de hóquei em patins. Agora percebo porque é que o presidente ambicionava tanto ter este museu. Porque é fantástico, lindo demais. Só tenho de lhe dar valor por aquilo que conseguiu fazer», resumiu.