O treinador do Paços de Ferreira, Costinha, comentou este domingo as críticas de que tem sido alvo ao longo da presente temporada. O técnico afirmou mesmo que não tem culpa de vestir fatos e de conduzir um Porsche.

«Estarei sempre dependente dos resultados, mas não compreendo a desconfiança à minha volta desde que cheguei. Há outros treinadores que também já desceram equipas e continuam empregados, alguns deles até duas equipas numa época ou mais. Não tenho culpa de usar fatos e ter um Porsche. Não podem julgar as pessoas pelas aparências. Se quiserem conhecer-me não se afastem, falem comigo e vão ver que sou uma pessoa simples. Não se podem julgar as pessoas pelo que vestem ou usam», afirmou Costinha na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Vitória de Guimarães.

O Paços de Ferreira regressa ao Estádio D. Afonso Henriques uma semana depois da derrota para a Liga Europa frente Dnipro, por 2-0, e Costinha não esquece e lamenta os assobios dos próprios adeptos à equipa.

«É preciso trabalhar o fator psicológico. Isto não me destabiliza a mim, estou habituado à pressão, mas sim a equipa. É muito chato começar um jogo e aos cinco minutos ouvir olés dos próprios adeptos. Isto tem influência no desempenho dos jogadores. Lembro-me de quando cheguei ao FC Porto e joguei com o Salgueiros. Fui assobiado e a bola queimava. Mais isto faz crescer os jogadores, torna-os mais fortes psicologicamente», frisou o técnico pacense.

Em relação aos rumores de que teria segurança privada devido à contestação no clubes, Costinha desmentiu tais informações

«Quem tem segurança privada é o clube. Eu tenho um amigo que gosta de ver futebol, que me acompanha e aparece quando vê que as coisas não estão bem. Já o conheço há muitos anos, fez parte de uma claque de um clube onde joguei. Se for um para um, não há problema, sou homem. Quando são mais... Nunca precisei de segurança privada. Há muita gente que se senta no banco de suplentes e que não tem nada a ver com o clube», explica Costinha.