As dívidas financeiras dos três grandes clubes do futebol português estão a crescer a um ritmo alarmante, sendo que no final da época 2012/2013 já atingia valores na ordem dos 663,3 milhões de euros, mais 54,9 milhões do que na temporada anterior.

Apesar da crise económica, os clubes portugueses continuam a seguir estratégias de endividamento que no atual panorama financeiro não são saudáveis. Nem as restrições ao crédito bancário, ou as novas regras impostas pela UEFA de fair-play financeiro, parecem fazer os clubes abrandar as suas dívidas financeiras, que crescem a par de resultados desportivos nem sempre justificáveis com o tamanho do endividamento.

Segundo os valores apresentados esta terça-feira pelo diário Público, o FC Porto foi o único dos três grandes a conseguir reduzir em 15 milhões de euros de uma dívida total de 131,1 milhões de euros em empréstimos. No entanto, os endividamentos das Sociedades Anónimas Desportivas de Benfica (283,3 milhões) e Sporting (248,9 milhões) têm crescido para valores que obrigam os responsáveis dos clubes a questionar o atual modelo de gestão ou arranjar novas formas de "alimentar a besta".